ATIVIDADE ESQUISTOSSOMICIDA DA Mentha piperita L. CONTRA VERMES ADULTOS DE Schistosoma mansoni, IN VITRO
Resumo
A esquistossomose mansônica afeta mais de 200 milhões de pessoas no mundo, causada pelo trematódeo Schistosoma mansoni que tem como hospedeiro intermediário o caramujo Biomphalaria sp. Entre as doenças tropicais, ocupa o segundo lugar na mortalidade. A presença de cepas resistentes ao tratamento com as drogas disponíveis (Praziquantel) sugere a necessidade de desenvolvimento de novos fármacos para o tratamento desta doença. O uso de compostos naturais é uma área de grande interesse no desenvolvimento de novas drogas. A Mentha piperita L. conhecida popularmente como hortelã pimenta, tem origem na Europa e no Oriente Médio, mas está bem adaptada e difundida na cultura brasileira, é popularmente usada para fins terapêuticos e alimentícios no Brasil. Esta planta tem seus efeitos terapêuticos comprovado no tratamento de giardíase, no entanto, nada se sabe sobre a ação da M. piperita na esquistossomose. Dessa forma avaliamos in vitro, mudanças na atividade motora, no tegumento e na taxa de mortalidade do S. mansoni exposto a M. piperita. Foram usadas diferentes concentrações (500 a 2500 μg/mL) da M. piperita, analisando a viabilidade do parasito por diferentes períodos. O efeito da M. piperita foi observado a partir de 1000 ug/mL onde se pode observar a separação dos casais e diminuição da atividade do tegumento. Dessa forma, mostram pela primeira vez que a M. piperita apresenta um grande potencial para no futuro ser usada como um medicamento no combate da esquistossomose.
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