EFEITO ANTI-HELMÍNTICO DO EXTRATO ETANÓLICO DO CHRYSOPHYLLUM CAINITO SOBRE O STRONGYLOIDES VENEZUELENSIS

Leticia Aparecida Duarte Bastos, Marlene T. Ueta, Vera Lucia Garcia Rehder, Silmara Marques Allegretti

Resumo


Estima-se que a prevalência de O Strongyloides stercoralis seja de 100 milhões de pessoas em todo mundo. Para o tratamento da doença, o tiabendazol e o albendazol são os fármacos escolhidos. No entanto apresentam limitações, como baixa eficácia na estrongiloidíase disseminada, baixa atividade sobre larvas do Strongyloides e a ocorrência de resistência e tolerância a esses fármacos. Diante da necessidade de novos medicamentos, mais eficazes e menos tóxicos, no tratamento da estrongiloidíase, foi proposta a avaliação do efeito anti-helmintíco in vitro do extrato etanólico do Chrysophyllum cainito, uma árvore frutífera pertencente à família das Sapotaceae e popularmente conhecido como Caimito. Como modelo experimental da estrongiloidíase foi utilizado o S. venezuelensis, parasita de roedores, por possuir semelhanças no desenvolvimento da patogenia. Os vermes adultos obtidos a partir da secção do intestino delgado de Rattus norvegicus, foram distribuídos em placa de cultura contendo o meio RPMI/antibiótico e o extrato em três concentrações diferentes (D1=2,0mg/ml, D2=1,0mg/ml e D3=0,5mg/ml) além de um grupo controle (C), sem a adição do extrato. As placas foram então incubadas a 37ºC com 5% de CO2 por um período de 72 horas. Em 24 horas, 100% dos vermes morreram em D1, em D2, 33% (sendo que 50% morreram em 48 horas e 17% em 72 horas). 17% dos vermes morreram em 48 horas na concentração D3 e o restante em 72 horas. Os resultados mostraram que D1 tem maior atividade anti-helmíntica que as demais matando 100% dos vermes com 24 horas de tratamento. Todas as doses ao final de 72 horas apresentaram 100% de mortalidade dos vermes em contraste ao controle que apresentou 100% dos vermes vivos.

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