INSTRUMENTOS UTILIZADOS NO BRASIL PARA AVALIAR QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM CåNCER DE CABE‚A E PESCO‚O

INSTRUMENTOS UTILIZADOS NO BRASIL PARA AVALIAR QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM CåNCER DE CABE‚A E PESCO‚O: REVISÌO INTEGRATIVA

 

INSTRUMENTS USED TO MEASURE QUALITY OF LIFE IN PATIENTS WITH HEAD AND NECK CANCER IN BRAZIL: AN INTEGRATIVE LITERATURE REVIEW

 

INSTRUMENTOS UTILIZADOS PARA MEDIR LA CALIDAD DE VIDA EN PACIENTES CON CçNCER DE CABEZA Y CUELLO EN BRASIL: REVISIîN INTEGRADORA

 

 

Menezes RM*, Ferreira KASL**, Souza LM***, Barros HLA****, Pessanha MJP*****

 

RESUMO: O objetivo deste trabalho foi identificar os instrumentos utilizados para medir qualidade de vida(QV) em pacientes com c‰ncer de cabea e pescoo(CCP) no Brasil. Como mŽtodo utilizou uma revis‹o integrativa de estudos brasileiros publicados em portugus atŽ outubro-2009 e que avaliaram QV de pacientes com CCP. Foram identificados 2125 estudos, sendo 11 inclu’dos. Foram utilizados seis instrumentos, sendo um genŽrico (WHOQOL-bref). Entre os espec’ficos os mais utilizados foram o UW-QOL, o EORTC-H&N-35 e o EORTC-QLQ-c30, sendo este œltimo genŽrico para pacientes com c‰ncer, e os dois primeiros espec’ficos para CCP. Alguns instrumentos espec’ficos foram utilizados em apenas um œnico estudo, a exemplo do FACT-H&N e SWAL-QOL. No Brasil os instrumentos mais utilizados para avalia‹o da QV em CCP foram EORTC QLQ-c30, UW-QOL e EORTC–H&N35.

PALAVRAS-CHAVE: c‰ncer de cabea e pescoo, neoplasias far’ngeas, neoplasias bucais, neoplasias da gl‰ndula tire—ide, qualidade de vida.

 

ABSTRACT: The aim of this study was o identify the instruments used to measure quality of life (QOL) in patients with head and neck cancer (HNC) in Brazil. As method it was used an integrative literature review of Brazilian studies published in Portuguese until October-2009 and that evaluated QOL of patients with HNC. It was identified 2125 studies, 11 included. Six instruments had been used, and one of this was a generic instrument (WHOQOL-bref). Among the specific ones, the most used was the UW-QOL, the EORTC-H& N-35, and the EORTC-QLQ-c30. The last is a generic questionnaire to evaluate QOL of patients with cancer. The two first were specific ones for HNC. Some specific instruments were used in only one study, the example of the FACT-H& N and SWAL-QOL. The most used instruments in Brazil for evaluation of the QOL in HNC were EORTC QLQ-C30, UW-QOL, and EORTC-H & N35.

KEYWORDS: head and neck cancer, pharyngeal neoplasms, mouth neoplasms, thyroid neoplasms, quality of life.

 

RESUMEN: Identificar los instrumentos utilizados para medir la calidad de vida (CV) en pacientes con c‡ncer de cabeza y cuello (CCC) en Brasil. Revisi—n integradora de los estudios brasile–os publicados en portuguŽs hasta octubre de 2009 y que evaluaron CV de pacientes con CCC. Fueron identificados 2125 estudios, de los cuales 11 inclusos. Fueron utilizados seis instrumentos, siendo un genŽrico (WHOQOL – bref). Entre los espec’ficos los mais utilizados fueron el UW-QOL, el EORTC-H&N-35 y el EORTC-QLQ-c30, siendo este œltimo genŽrico para pacientes con c‡ncer y los dos primeros espec’ficos para CCC. Algunos instrumentos espec’ficos fueron utilizados en s—lo un œnico estudio, como el ejemplo del FACT-H&N y SWAL-QOL. En Brasil, los instrumentos m‡s utilizados para la evaluci—n de la CV en CCC fueron EORTC-QLQ-c30, UW-QOL y EORTC-H$N35.

DESCRIPTORES: c‡ncer de cabeza y cuello, neoplasias far’ngeas, neoplasias de la boca, neoplasias de la tiroides, calidad de vida.

 

 

1. INTRODU‚ÌO

 

No Brasil, as estimativas para o ano de 2010, v‡lidas tambŽm para o ano de 2011, apontam que ocorrer‹o 489.270 casos novos de c‰nceres 1. Os c‰nceres de cabea e pescoo (CCP) ocupam o segundo lugar em alguns estados brasileiros, respondendo por 10,7 a 12,5% de todos os tumores tratados no sistema œnico de saœde 2, 3. Dentre esses c‰nceres, os tumores da cavidade oral ser‹o diagnosticados em 2010 em mais de 10.330 homens e 3.790 mulheres 1.

Os CCP incluem tumores que afetam l‡bios, cavidade oral, orofaringe, nasofaringe, hipofaringe, laringe, fossa nasal, sinus paranasais, tire—ide, gl‰ndulas salivares e quimiodectomas (tumores nasais nas ‡reas quimiorreceptoras) 4.

Nos pacientes com CCP o impacto dos tratamentos e da doena podem ser maiores que em outros tipos  de tumores, devido ˆs caracter’sticas mutilantes e desfigurantes desses tratamentos, bem como as altera›es funcionais, est‹o associados ˆ diminui‹o da autoestima desses pacientes, por incapacitar as fun›es vitais como: comer, deglutir, falar e inclusive sua  sexualidade. A agressividade e o risco de ocorrncias de tumores secund‡rios tambŽm s‹o colaboradores para diminui‹o da autoestima 5. AlŽm disso, ocorre tambŽm um preju’zo no contato social devido ˆ perda da voz e muitas vezes devido ao uso de traqueostomia 6. Estas mudanas podem resultar em diminui‹o da qualidade de vida dos indiv’duos com CCP.

Com os avanos na detec‹o precoce e tratamentos tem-se observado aumento da sobrevida dos pacientes com c‰nceres, estando atrelada de maneira muito intensa a qualidade de vida (QV) 7, 8

A QV Ž um construto multidimensional e abstrato, de avalia‹o individual ou coletiva, podendo esta ser avaliada por instrumentos ou question‡rios de forma genŽricos ou espec’ficos 9.     

Os instrumentos GenŽricos n‹o avaliam uma patologia espec’fica, mas um todo, sem acep‹o de raa, idade, sexo ou grupo, utilizando question‡rio para o levantamento e compara‹o de indiv’duos com diferentes patologias 10-12. J‡ os espec’ficos avaliam de forma concreta, com uma margem m’nima de viŽs, grupos espec’ficos de pacientes que apresentam em comum algum tipo de patologia, agravo, sexo, faixa et‡ria, etc. Esses instrumentos s‹o mais indicados para medir o impacto de interven›es na qualidade de vida relacionada ˆ saœde (QVRS) em ensaios cl’nicos e na pr‡tica cl’nica, tendo como vantagem a capacidade de detectar particularidades da QV em determinadas situa›es, obtendo uma avalia‹o individual e espec’fica dos aspectos de QV, tais como mudanas nas fun›es f’sicas, emocional, sexual, dor, fadiga e outros sintomas 10, 11, 13.

A avalia‹o da QVRS Ž importante e deve ser realizada n‹o apenas em pesquisa, mas na pr‡tica clinica di‡ria como um indicador de resposta a tratamentos e para o aprimoramento do cuidado. Esta avalia‹o Ž diretamente afetada por caracter’sticas intr’nsecas de cada indiv’duo, tais como suas crenas, expectativas e experincias. Dessa forma, a QV deve ser avaliada pelo paciente e n‹o pelo profissional de saœde, sendo esta uma ferramenta que permite aos profissionais identificar e priorizar qual o dom’nio da QV Ž mais importante para o paciente 14. Desse modo, Ž importante identificar quais instrumentos que melhor se ajustam a estes objetivos.

Os instrumentos dispon’veis s‹o em sua maioria de l’ngua inglesa 14, e para serem utilizados no Brasil precisam ser traduzidos e validados, o que pode levar algum tempo. Desse modo, para selecionar um instrumento para uso cl’nico Ž importante identificar quais est‹o dispon’veis em l’ngua portuguesa e tm sido mais frequentemente utilizados.  

No Brasil, n‹o se identificou estudos que tenham levantado quais instrumentos tm sido utilizados para avaliar QVRS em pacientes com CCP e se estes foram validados. Foi identificado apenas um estudo nacional de revis‹o que descreveu caracter’sticas de trs instrumentos espec’ficos para pacientes com CCP, que foram considerados pelos autores como os mais utilizados no mundo e que est‹o traduzidos ou validados para o Brasil 15. Desse modo, o presente estudo teve como objetivo identificar na literatura os instrumentos que tm sido utilizados no Brasil para avaliar qualidade de vida em pacientes com c‰nceres de cabea e pescoo.

 

 

2. MƒTODO

Foi realizada uma revis‹o integrativa dos estudos publicados atŽ outubro 2009, nas bases citadas na Tabela 1. A revis‹o foi realizada em seis etapas: 1) Formula‹o da quest‹o de pesquisa, 2) Busca na literatura: localiza‹o e sele‹o dos estudos, 3) Categoriza‹o dos estudos e extra‹o das informa›es, 4) An‡lise dos estudos inclu’dos, 5) Interpreta‹o dos resultados: an‡lise sistem‡tica e 6) S’ntese e interpreta‹o dos resultados. As etapas foram desenvolvidas com a participa‹o de todos os autores.

Os estudos foram selecionados primeiramente a partir da leitura dos resumos ou t’tulos, quando resumo n‹o dispon’vel, sendo respeitados os seguintes critŽrios de inclus‹o: 1) Ser desenvolvido com pacientes com CCP; 2) Ter sido publicado em peri—dico brasileiro; 3) Ter sido realizado no Brasil; 4) Ter avaliado QV com instrumento/question‡rio fechado genŽrico ou espec’fico validado no Brasil ou na l’ngua de origem; 5) Ter sido realizado com pacientes com idade igual ou superior a 18 anos.

Os estudos que n‹o apresentaram os critŽrios de inclus‹o e que eram estudos de revis‹o ou estudo qualitativo foram exclu’dos.

No segundo momento, levantaram-se os estudos completos, a partir dos selecionados na primeira etapa, sendo analisados novamente os critŽrios de inclus‹o e exclus‹o. Foram selecionados os trabalhos para incluir na an‡lise e posteriormente analisados os estudos inclu’dos.

 

2.1 Bases consultadas

 

Os estudos brasileiros foram selecionados a partir do levantamento realizado no banco de dados de peri—dicos eletr™nicos da Scientific Eletronic Library online (SciELO), Biblioteca Virtual de Saœde (BIREME), Literatura Latino-Americana (LILACS), Literatura do Caribe em Cincias da Saœde (MEDCARIB), Acervo da Biblioteca da Organiza‹o Pan-Americana da Saœde (PAHO), Base de Dados de Enfermagem (BDENF), Peri—dicos de Enfermagem (PeriEnf), IBESC, Literatura sobre Cidades/Munic’pios Saud‡veis (CidSaœde) e Biblioteca Digital de teses e disserta›es da Universidade de S‹o Paulo.

As buscas foram realizadas utilizando-se descritores (DeCS), palavras-chaves, e termos livres (Tabela 1), sendo escritos com e sem aspas. O levantamento tambŽm incluiu a busca no banco de dados DEDALUS da Universidade de S‹o Paulo (USP) e busca manual de estudos citados nas referncias, nos livros e teses consultados.

 

2.2 Dados extra’dos

 

Dos artigos selecionados foram extra’das as seguintes informa›es: desenho do estudo, tamanho da amostra, grupo (tipo de paciente/c‰ncer), nome do instrumento/question‡rio utilizado para avaliar QV, n¼ de itens, dom’nios e escore dos instrumentos. Os estudos foram classificados em rela‹o ao delineamento em estudos observacionais e experimentais (ensaio clinico) e em rela‹o ao per’odo de seguimento em longitudinal e transversal.

 

Tabela 1. Bases consultadas.

BASES DE DADOS

PALAVRA CHAVE OU TERMOS LIVRES*

DESCRITORES

(DecS)

BDENF, CidSaœde, IBECS,LILACS, PAHO,PeriEnf, SciELO, Teses USP, Bireme, BDENF, MEDCARIBE

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Òneoplasia de cabea e pescooÓ and Òqualidade de vidaÓ, Òc‰ncer de cabea e pescooÓ and Òqualidade de vidaÓ, Òneoplasia de narizÓ and Òqualidade de vidaÓ, Òc‰ncer narizÓ and Òqualidade de vidaÓ, Òneoplasia boca and Òqualidade de vidaÓ, Òc‰ncer bocaÓ and Òqualidade de vidaÓ, Òneoplasia cavidade oralÓ and Òqualidade de vidaÓ, Òc‰ncer cavidade oralÓ and Òqualidade de vidaÓ, Òneoplasia gargantaÓ and Òqualidade de vidaÓ, Òc‰ncer gargantaÓ and Òqualidade de vidaÓ, Òneoplasia faringeÓ and Òqualidade de vidaÓ, Òc‰ncer faringeÓ and Òqualidade de vidaÓ, Òneoplasia tire—ideÓ and Òqualidade de vidaÓ, Òc‰ncer tire—ideÓ and Òqualidade de vidaÓ, Òneoplasia gl‰ndula salivarÓ and Òqualidade de vidaÓ, Òc‰ncer gl‰ndula salivarÓ and Òqualidade de vidaÓ

neoplasias far’ngeas and qualidade de vida, neoplasias bucal and qualidade de vida, neoplasias da gl‰ndula tire—ide and qualidade de vida

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Teses USP

qualidade de vida and c‰ncer.

-

Busca Manual

qualidade de vida, c‰ncer, neoplasia, oncologia.

-

* Escritos com e sem aspas.    

 

3. RESULTADOS

 

Foram identificados 2125 estudos entre teses e artigos. A partir da leitura dos resumos foram selecionados 21. Os 2104 restantes foram exclu’dos pelos seguintes critŽrios: realizado com pacientes pedi‡tricos, realizado fora do Brasil e por pesquisador n‹o brasileiro, incluiu pacientes com patologias n‹o-neopl‡sicas ou com tumores malignos localizados em outros segmentos que n‹o cabea e pescoo, artigos e teses de revis‹o ou realizados em outros pa’ses, estudos que n‹o avaliaram qualidade de vida diretamente e trabalhos que n‹o utilizaram instrumento para avaliar a QV (Tabela 2).

Dos 21 estudos selecionados, 11 foram inclu’dos na revis‹o e 10 foram exclu’dos, pelos seguintes motivos: dois n‹o apresentavam informa›es sobre o nome do question‡rio utilizado para avaliar QV, impossibilitando identificar o instrumento 16, 17, um n‹o avaliou QV 8, seis estavam repetidos em diferentes bases de dados 16-20 e um foi exclu’do, pois era artigo com dados idnticos ao de tese j‡ inclu’da na an‡lise 21.   

 

Tabela 2. Nœmero de estudos identificados, extra’dos e inclu’dos segundo base do levantamento.

Bases

N¼ de artigos e teses identificados

N¼ de artigos e teses selecionados

N¼ de artigos e teses inclu’dos

Bireme*

1451

4

4

BDENF

-

-

-

CidSaœde

-

-

-

IBECS

6

-

-

LILACS

2

2

-

MEDCARIB

-

-

-

PAHO

-

-

-

PeriEnf

-

-

-

SciELO

15

12

4

Biblioteca Digital de Teses da USP

649

3

3

Busca manual

2

-

-

Total

2125

21

11

*Busca integrada nas bases Medline, Biblioteca Cochrane, HISA, HOMEOINDEX, BBO, REPIDISCA, ADOLEC, WHOLIS, LEYES, BBO e portal de evidncias.

 

Na Tabela 3 est‹o apresentados os resultados da revis‹o. Entre os 11 estudos inclu’dos seis foram transversais e cinco longitudinais, sendo apenas trs ensaios cl’nicos.

O tamanho da amostra foi pequeno na maioria dos estudos, variando de 12 a 143 doentes Em rela‹o ao tipo de paciente inclu’do no estudo verificou-se que em cinco (45,46%) foram inclu’dos pacientes com CCP de diferentes tipos histol—gicos e seis estudos (63,64%) avaliaram subgrupos espec’ficos, a saber: laringe, cavidade oral, vias aerodigestivas superiores e orofaringe.

Em rela‹o aos instrumentos utilizados para avaliar a QV, foram aplicados seis instrumentos, sendo estes genŽricos e espec’ficos que avaliaram a QVRS. Como instrumento genŽrico foi aplicado apenas o WHOQOL-bref 22. Entre os espec’ficos, os mais utilizados foram o UW-QOL (36,4% dos estudos), o EORTC-H&N-35 (36,4%) e o EORTC-QLQ-c30 (36,4%), sendo este œltimo genŽrico para pacientes com c‰ncer, e os dois primeiros espec’ficos para pacientes com CCP.

Alguns instrumentos espec’ficos foram utilizados em apenas um œnico estudo, a exemplo do FACT-H&N 23 e o SWAL-QOL 24, sendo que este œltimo n‹o Ž especifico para pacientes com CCP, mas espec’fico para avaliar o impacto das altera›es da degluti‹o sobre a QV (Tabela 3).

Os dom’nios avaliados diferiram entre os instrumentos, inclu’do frequentemente a avalia‹o de sintomas espec’ficos relacionados ao CPP em si e tambŽm aos tratamentos, tais como trismo, paladar e saliva, degluti‹o e mastiga‹o, a exemplo do EORTC-H&N-35 e o UW-QOL.

O escore de dom’nios de todos os instrumentos variou de 0 a 100, sendo que quanto maior o escore melhor a qualidade de vida ou funcionalidade e nos itens de sintomas, pior a QV.


Tabela 3. Instrumentos utilizados para avaliar qualidade de vida em estudos brasileiros desenvolvidos com pacientes com c‰ncer de cabea e pescoo.

Estudo (referncia)

Desenho

do estudo

Tamanho da amostra

Tipo de paciente

Nome completo do instrumento

Nome abreviado

do instrumento

No. de itens

No. de dom’nios

Nomes dos dom’nios e escalas avaliados

Escore

18

Longitudinal - observacional

100

Carcinoma  epidermoide oral

Question‡rio de qualidade de vida da Universidade de Washington

UW-QOL (vers‹o 3.0)

10

10

Dor, aparncia, atividade, recrea‹o, degluti‹o, mastiga‹o, fala, ombros, paladar e saliva

0-100

24

Transversal - observacional

12

C‰ncer avanado de laringe

Quality of life in Swallowing Disorders

SWAL-QOL

44

10

Fardo, desejo, frequncia de sintomas, sele‹o de alimentos, comunica‹o, medo, saœde mental, fun‹o social, sono e fadiga

0-100

19

Transversal - observacional

 

30

 

C‰ncer de laringe

 

European Organization for the research and treatment of cancer - Quality of life- core 30

EORTC-QLQ-c30

30

16

5 escalas de funcionalidade: f’sica, fun‹o cognitiva, fun‹o emocional, fun‹o social e desempenho de papŽis; 3 escalas de sintomas: fadiga, dor, n‡useas e v™mitos; 1 escala de qualidade de vida e saœde global; 6 itens de outros sintomas: dispnŽia, falta de apetite-anorexia, ins™nia, constipa‹o e diarrŽia; e 1 escala de avalia‹o do impacto financeiro do tratamento e da doena

0-100

EORTC Quality of Life Questionnaire- Head and Neck cancer Module

EORTC- H&N-35

35

18

Dor, engolir, sentidos (paladar e olfa‹o), fala, alimentar-se socialmente, contato social, diminui‹o da sexualidade, problemas dent‡rios, trismo, xerostomia, saliva espessa, tosse, mal-estar, consumo de medica‹o, suplementos nutricionais, sonda para alimenta‹o, perda ou ganho de peso.

0-100

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tabela 3. Instrumentos utilizados para avaliar qualidade de vida em estudos brasileiros desenvolvidos com pacientes com c‰ncer de cabea e pescoo (continua‹o).

Estudo

(referncia)

Desenho

do estudo

Tamanho

da amostra

Tipo de paciente

Nome completo do instrumento

Nome abreviado

do instrumento

No. de itens

No. de dom’nios avaliados

Nomes dos dom’nios e escalas avaliados

Escore

36

Longitudinal - ensaio cl’nico

15

C‰ncer cabea e pescoo e es™fago

EORTC- Quality of life questionnaire- core 30

EORTC QLQ-c30

30

16

Idem anterior

 0-100

22

Longitudinal - ensaio cl’nico

46

C‰ncer de cabea pescoo

World Health Organization- Quality of life Instrument- abbreviated version

WHOQOL-Bref

 

26

4

F’sico, psicol—gico, rela›es sociais e meio ambiente

0-100

EORTC Quality of Life Questionnaire- Head and Neck cancer Module

EORTC- QLQ-H&N-35

35

18

Idem anterior

0-100

37

Transversal - observacional

143

Carcinoma epiderm—ide de boca e orofaringe

Question‡rio Qualidade de Vida da Universidade de Washington

UW-QOL (vers‹o 4.0)

17

6

12 itens= dor, aparncia, atividade, recrea‹o, engolir, mastigar, falar, ombros, paladar, saliva, exposi‹o, ansiedade.

1 item para avaliar quais dos itens anteriores s‹o mais importantes.

3 itens gerais sobre QV global e relacionada ˆ saœde (f’sico, mental, familiar, social e espiritual)

1 quest‹o aberta para pacientes fazer coment‡rios

0-100

38

Transversal - observacional

47

C‰ncer de boca e orofaringe

Question‡rio Qualidade de Vida da Universidade de Washington

UW-QOL (vers‹o 4.0)

17

6

Idem anterior

 

0-100

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tabela 3. Instrumentos utilizados para avaliar qualidade de vida em estudos brasileiros desenvolvidos com pacientes com c‰ncer de cabea e pescoo (conclus‹o).

Estudo

(referncia)

Desenho

do estudo

Tamanho

da amostra

Tipo de paciente

Nome completo do instrumento

Nome abreviado

do instrumento

No. de itens

No. de dom’nios avaliados

Nomes dos dom’nios e escalas avaliados

Escore

39

Longitudinal- observacional

30

C‰ncer de cabea pescoo

EORTC- Quality of life questionnaire- core 30

EORTC QLQ-c30 (vers‹o 3.0)

 

30

16

Idem 19

0-100

EORTC Quality of Life Questionnaire- Head and Neck cancer Module

EORTC- QLQ-H&N-35

35

14

 

Fadiga, n‡usea, v™mito, dor, dispnŽia, ins™nia, perda de apetite, constipa‹o, diarrŽia, desempenho funcional, fun‹o cognitiva e dificuldades financeiras.

0-100

23

Transversal - observacional

32

C‰ncer de cabea pescoo

Functional Assessment of Cancer Therapy Quality of Life Measurement System

FACT-H&N

38

5

Dom’nios: bem-estar f’sico, bem-estar social-familiar e bem-estar emocional e funcional.

12 quest›es espec’ficas do CPP: dor, xerostomia, voz, imagem facial, degluti‹o, ingest‹o de alimentos s—lidos, comunica‹o, consumo de fumo e bebidas alco—licas.

0-100

20

Transversal - observacional

31

C‰ncer epiderm—ide de vias aerodigestivas superiores

EORTC- Quality of life questionnaire- core 30 (vers‹o 3.0)

EORTC QLQ-c30

30

16

Idem

0-100

EORTC Quality of Life Questionnaire- Head and Neck cancer Module

EORTC- QLQ-H&N-35

35

18

Idem

0-100

40

Longitudinal – ensaio cl’nico

88

C‰ncer de cabea pescoo

Question‡rio Qualidade de Vida da Universidade de Washington

UW-QoL (vers‹o 4.0)

5

5

Dor, atividade, lazer, ombro e o composite

0-100

 

 

 


4. DISCUSSÌO

 

No Brasil os instrumentos mais utilizados para avaliar QV em CCP foram o EORTC QLQ-c30, UW-QOL e EORTC–H&N-35, sendo que todos avaliam a qualidade de vida relacionada ˆ saœde.

Os instrumentos de medida de QV s‹o classificados em genŽricos e espec’ficos. No presente estudo, observou-se que na maioria dos trabalhos foi utilizado instrumento espec’fico, sendo estes considerados mais indicados do que os genŽricos, pois medem a qualidade de vida perante a patol—gica especifica, enquanto o genŽrico avalia qualidade de vida no geral, independente da patologia 15. AlŽm disso, os instrumentos espec’ficos apresentam maior capacidade detectar mudanas no estado de saœde e QV dos pacientes, sejam essas decorrentes da doena ou de tratamentos 11.

Os instrumentos identificados avaliam diversos dom’nios da QV, mas ao comparar-se o UW-QOL e EORTC–H&N35, verificou-se que este œltimo focava mais em aspectos f’sicos e sintomas, n‹o contemplando o conceito de qualidade de vida como um construto multidimensional. O EORTC-H&N-35 para avaliar a multidimensionalidade da QVRS precisa ser aplicado associado ao EORTC-QLQ-c30 ou a um instrumento genŽrico como WHOQOL, conforme foi realizado no estudo desenvolvido por Funk 22. Portanto, deve haver a complementa‹o do question‡rio espec’fico para cabea e pescoo por um question‡rio genŽrico que englobe outros dom’nios fora desta ‡rea.

O UW-QOL vers‹o 4.0 Ž um instrumento j‡ traduzido e validado para o Brasil 25, e diferentemente do EORTC-H&N-35, alŽm de avaliar os sintomas espec’ficos dos CCP, tambŽm contempla quest›es que avaliam a qualidade de vida global, fam’lia, aspectos sociais e espirituais. AlŽm disso, ainda inclui uma quest‹o aberta. De modo geral, pode-se dizer que este Ž um dos instrumentos espec’ficos mais completos para avaliar QV de pacientes com CCP, assim como o FACT-H&N.

As medidas de QVRS deveriam permitir a avalia‹o multidimensional do impacto geral da doena ou tratamento na vida do indiv’duo e n‹o apenas o impacto nos aspectos f’sicos5. Para atingir esse objetivo, os instrumentos deveriam avaliar aspectos f’sicos, emocionais, sociais, financeiros e tambŽm espirituais, pois embora n‹o haja defini‹o consensual do termo QV, a Organiza‹o Mundial da Saœde (OMS) a define como a percep‹o do indiv’duo de sua posi‹o na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em rela‹o aos seus objetivos, expectativas, padr›es e preocupa›es 26.  

A defini‹o da OMS baseia-se nos pressupostos de que QV Ž um construto subjetivo (percep‹o do indiv’duo), multidimensional e que inclui elementos de avalia‹o tanto positivos (p.ex., mobilidade) como negativos (p.ex., dor), os quais se relacionam proximamente com a avalia‹o dos sintomas, a qual est‡ frequentemente presente nos instrumentos espec’ficos por doena 27.

Os instrumentos espec’ficos muitas vezes n‹o avaliam o conceito de QV proposto pelo a OMS, pois estes se prop›em a avaliar a qualidade de vida relacionada ˆ saœde e n‹o a QV geral. O termo qualidade de vida relacionada ˆ saœde (health-related quality of life) Ž uma defini‹o especifica do setor saœde que foi introduzida visando apreender o valor atribu’do ˆ vida, quando ela passa a ser modificada por limita›es na esfera f’sica, psicol—gica e nas fun›es sociais, em decorrncia da doena, do tratamento e de outros agravos 28. H‡ algumas defini›es de qualidade de vida relacionada ˆ saœde (QVRS), mas todas tm como denominador comum a percep‹o do paciente sobre a sua vida frente ˆ doena ou estado de saœde 13.

Para Cella e colaboradores 29, nos pacientes com c‰ncer, a QVRS seria a avalia‹o do paciente de sua satisfa‹o com o seu n’vel atual de funcionalidade, comparado com o que ele percebe ser poss’vel ou ideal. J‡ para Gotay e Moore 30 a qualidade de vida para pacientes com c‰ncer seria um estado de bem-estar composto por dois componentes: a habilidade para desempenhar as atividades di‡rias que reflete o bem-estar f’sico, psicol—gico e social e a satisfa‹o do paciente com o seu n’vel de funcionalidade e com o controle da doena e/ou sintomas relacionados ao tratamento. Nesse sentido, o UW-QOL seria o instrumento mais indicado para avaliar QVRS de pacientes com CCP.

Os principais objetivos dos instrumentos de medida de QV s‹o avaliar o paciente, o progn—stico, distinguir entre pacientes ou grupos de pacientes, alŽm de comparar modalidades de tratamento com taxas de cura similares e analisar o impacto da teraputica adotada. Ao avaliar o doente individualmente, os question‡rios elucidam os aspectos que n‹o s‹o avaliados rotineiramente pelo profissional de saœde e n‹o s‹o relatados pelo paciente e familiares, tais como depress‹o, atividade sexual, ansiedade, enfrentamento da doena, entre outros. Esse relato n‹o-espont‰neo viabiliza a identifica‹o de aspectos que tambŽm devem ser cuidados alŽm do c‰ncer em si 31, 32.Dessa forma, os instrumentos de medida de QV deveriam ser rotineiramente utilizados nos servios de saœde, pois facilitariam a identifica‹o de sintomas e sofrimento e a proposi‹o de interven›es.

Os resultados advindos da avalia‹o da QV tambŽm auxiliam na sele‹o dos tratamentos antineopl‡sicos. Quando se determina o tratamento para o CCP, existem diferentes op›es teraputicas com progn—sticos ou chances de cura similar. Contudo, a qualidade de vida dos pacientes, em cada modalidade teraputica, pode ser bem diferente, e isso deve ser levado em conta durante a escolha. Dessa forma, o impacto na QV e n‹o apenas o aumento da sobrevida deve ter considera‹o na escolha da teraputica mais adequada33. Trata-se de acrescentar vida aos anos, e n‹o apenas anos ˆ vida.

Os instrumentos adotados para uso na pr‡tica cl’nica para avaliar QV de pacientes em tratamento e seguimento devem ser curtos, f‡ceis de entendimento, ter um custo baixo, r‡pido para o preenchimento e ter seus critŽrios de valida‹o psicomŽtricas bem estabelecidos. Partindo dessas recomenda›es e considerando-se os instrumentos identificados para avaliar QV em pacientes com CCP no Brasil, observa-se que o mais indicado seria o UW-QoL (vers‹o 4.0) por ter menor nœmero de itens, apenas 17 e em segundo lugar o EORTC QLQ-H&N-35, mas que tem o dobro de itens. Em rela‹o ˆ valida‹o, o UW-QoL (vers‹o 4.0) e o FACT-H&N foram traduzidos e validados para o Brasil 25, 34.

Os tumores de cabea e pescoo embora contribuam com apenas 4% dos casos de c‰ncer, os CCP tm um impacto muito significativo na QV. Pacientes com CCP s‹o mais vulner‡veis a problemas psicossociais, pois as intera›es sociais e emocionais dependem em grande parte, da integridade funcional e estrutural da regi‹o da cabea e pescoo. AlŽm disto, o impacto de um diagn—stico de CCP e as consequncias de tratamento tm influncia clara e direta sobre a QV 14. A aplica‹o dos instrumentos por profissionais de saœde seria de grande valia para preven‹o e identifica‹o precoce de sintomas e para avaliar o impacto da doena e tratamento na vida dos indiv’duos.

O nœmero de estudos relatando resultados da avalia‹o da QV e sintomas em pacientes com CPP tm aumentado. Este pr‡tica Ž resultando do interesse dos cl’nicos e pesquisadores em identificar os efeitos agudos e tardios dos tratamentos e tambŽm das exigncias de agncias regulat—rios como a Food and Drug Administration(FDA) nos Estados Unidos, a qual recomenda fortemente o uso de instrumentos de autorrelato nos ensaios cl’nicos, os quais s‹o denominados de Patient-report outcomes (PRO) 31. Entretanto, muitos destes estudos s‹o utilizados instrumentos validados, podendo n‹o estar avaliando QVRS 35.

O presente estudo apresenta limita›es, principalmente no que se refere aos critŽrios de inclus‹o adotados para selecionar os estudos. N‹o foram analisados estudos  realizados fora do Brasil e n‹o incluiu estudos qualitativos. Entretanto, Ž importante destacar que este estudo Ž o primeiro realizado no Brasil para levantar os instrumentos que vem sendo utilizados para avaliar QV de pacientes com CPP. Anteriormente foi realizada revis‹o bibliogr‡fica 15, mas o objetivo de apresentar e descrever alguns instrumentos dispon’veis para avaliar QV em pacientes com CCP. N‹o foi realizada revis‹o sistem‡tica.

 

 

 

IMPLICA‚ÌO PARA A PRçTICA DE ENFERMAGEM

 

Os resultados do presente estudo auxiliar‹o enfermeiros e demais profissionais de saœde a selecionar o melhor instrumento para avaliar QV de pacientes com CCP na pr‡tica cl’nica di‡ria e em estudos cl’nicos.

 

5.CONCLUSÌO

 

A partir dos resultados apresentados no presente estudo, pode-se concluir que os instrumentos mais utilizados para avaliar a QV de pacientes com CCP no Brasil s‹o EORTC QLQ-c30, o UW-QOL (vers‹o 4.0) e o EORTC–H&N35. Desses apenas o UW-QOL (vers‹o 4.0) est‡ validado.

 

 

 


6. REFERæNCIAS BIBLIOGRçFICAS

 

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* Rosana Mendona Menezes - Estudante de Enfermagem 8¼. semestre. Universidade Guarulhos-UnG. e-mail: roro_mm26@yahoo.com.br

** Karine Azevedo S‹o Le‹o Ferreira - Enfermeira. Professora Doutora do Mestrado em Enfermagem da Universidade de Guarulhos - UnG. Pesquisadora do Centro Multidisciplinar de Dor do Hospital das Cl’nicas da Faculdade de Medicina da Universidade de S‹o Paulo (FMUSP) e do Instituto do C‰ncer do Estado de S‹o Paulo (ICESP). e-mail: klferreira@prof.ung.br

*** Luana Muniz de Souza - Estudante de Enfermagem 8¼. semestre. Universidade Guarulhos-UnG. e-mail: luanamuniz@bol.com.br

**** Haid Lima Alexandre Barros - Estudante de Enfermagem 8¼. semestre. Universidade Guarulhos-UnG. e-mail: ide_fathi@yahoo.com.br

***** Marina Jescica Paix‹o Pessanha - Enfermeira. Mestranda da Universidade Guarulhos (UNG). Especialista em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) -Hospital S’rio Libans. e-mail: marina_jescica@hotmail.com

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