MATÉRIA SECA DE FORRAGEM DO CONSÓRCIO AVEIA E AZEVÉM COM ADUBAÇÃO DE COMPOSTAGEM

Resumen

Introdução: A oferta da forragem durante as estações do ano é dependente da produção de cada espécie nos diferentes estágios do seu ciclo. Dessa maneira, é definida a carga que essa pastagem pode suportar, mantendo a qualidade e a sustentabilidade. As pastagens cultivadas no inverno, como a aveia e o azevém, são usadas na região Sul do país, para permitir um desenvolvimento adequado dos animais durante o período de estacionalidade do crescimento da pastagem natural, fato esse que está sendo replicado nas regiões sudeste e centro oeste do país. Objetivo: Foram avaliados o desenvolvimento, massa verde e seca de forragem no consórcio da aveia preta (Avena strigosa Schreb.) e azevém (Lolium multiflorum Lam.), com e sem adubação de compostagem. Materiais e métodos: Para a confecção dos dez canteiros utilizados para o plantio, com dimensões de 2x1 metros cada, foram utilizadas 655 garrafas pets, delimitando a área de cada canteiro e visando práticas sustentáveis. O composto utilizado como adubo foi preparado utilizando 650 quilogramas de dejetos animais das baias do Hospital Veterinário de Grandes Animais da Universidade Guarulhos, constituída pela cama de maravalha, fezes e urina, formando pilhas de aproximadamente 1,20 metros de altura, sempre controlando a umidade e temperatura elevada, após biotransformação de 4 meses, incorporou-se oito quilogramas do mesmo em 1 m² de cada canteiro e o outro m² como método controle, sem a presença deste adubo. O plantio foi realizado com a mistura das sementes na taxa de semeadura de 60 kgs semente de aveia /hectare e 30 kgs de semente de azevém /hectare, plantados em seis linhas com espaçamento de 10 cm entre as mesmas. Após 40 dias do plantio, utilizando a amostragem direta, conhecido como método do quadrado a lanço, com área conhecida de 0,25 m², o material foi cortado e pesado para verificar a matéria verde, sendo este conduzido para as estufas por aproximadamente 6 horas à 65ºc, obtendo o peso e porcentagem de matéria seca. Resultados: Pode-se observar que o primeiro metro quadrado de cada canteiro que recebeu a compostagem, apresentou uma massa três vezes maior que aquele que não recebeu este adubo. Obteve-se produção média reduzida com 470 kg/MS/ha na área adubada e 150 kg/MS/ha sem composto, sendo a média de produção atual próxima de 3000 kg/ MS/ ha. Conclusão: A compostagem é considerada um método de reaproveitamento de resíduos agropecuários, podendo ser utilizada como um excelente potencial nutritivo, fato este comprovado pelo trabalho, onde a área adubada produziu 3 vezes mais a área normal sem adubo, reduzindo gastos com adubações químicas e praticando políticas sustentáveis, visando aumento da produção e os cuidados com nossa “casa comum” o planeta Terra.