GANHO DE EQUILÍBRIO EM CRIANÇAS PORTADORAS DE SÍNDROME DE DOWN PRATICANTES DE EQUOTERAPIA

Bárbara Cristina de Sousa Gonçalves

Resumo


A equoterapia é uma prática terapêutica que vem sendo utilizada no tratamento de crianças com necessidades especiais. Sabe-se que as crianças com Síndrome de Down apresentam, entre outras alterações, déficit no equilíbrio. A equoterapia auxilia no processo de desenvolvimento da criança e promove estimulação dos sistemas somatossenssorial, proprioceptivo, visual, auditivo e vestibular, favorecendo o desenvolvimento do equilíbrio. O estímulo produzido pelo cavalo advém de um movimento tridimensional que ocorre em três eixos: ântero-posterior, látero-lateral e longitudinal, além do componente rotacional. Quando o cavalo se desloca, é exigido do praticante modular o tônus para ajustar, manter, recuperar ou adaptar seu equilíbrio a cada momento. Este movimento não é encontrado em nenhuma outra máquina ou técnica. O presente estudo tem o objetivo de avaliar o ganho de equilíbrio em crianças portadoras de Síndrome de Down praticantes de equoterapia. A pesquisa é realizada no projeto de extensão TAPI Terapia Assistida por Interação Homem-Animal no Campus Dutra da Universidade Guarulhos. Participam dessa pesquisa 5 crianças de ambos os gêneros, com idade entre 2 anos e 5 anos, portadoras de Síndrome de Down, na ausência de autismo ou neuropatias associadas, praticantes de equoterapia incluídas no projeto TAPI. É feita uma avaliação inicial por meio da escala de equilíbrio de Berg, que contém 14 tarefas comuns que abordam o equilíbrio estático e dinâmico como: girar, transferir-se, ficar em pé e levantar-se. A realização desse teste é baseada na observação e gera uma pontuação (de 0 a 4) por tarefa que o indivíduo consegue realizar de acordo com o grau de independência totalizando um escore máximo de 56 pontos. As sessões de equoterapia do projeto TAPI são desenvolvidas uma vez por semana com duração de 40 minutos sendo destes 20 minutos com o praticante em cima do cavalo, 10 minutos pré-montaria (aproximação do animal) e 10 minutos pós-montaria (solo). Até o momento foram avaliadas 2 crianças com idades entre 3 e 4 anos, sendo 1 do sexo masculino e 1 do sexo feminino que obtiveram pontuações de 29 e 14 pontos respectivamente, o que indica déficit de equilíbrio importante. Essas crianças estão sendo estimuladas no cavalo, de acordo com a programação estabelecida pelo projeto TAPI. Posteriormente será feita nova avaliação comparativa para verificar a ocorrência de ganho no equilíbrio. Espera-se que, após o programa, os praticantes apresentem ganho significativo de equilíbrio.

Palavras-chave


Equoterapia. Equilíbrio. Síndrome de Down. Crianças.

Texto completo:

PDF


1) UnG - Universidade Guarulhos 2) Indexador: Latindex 3) Indexador: Dialnet