BASTA SORRIR

Antonio Jayro da Fonseca Motta Fagundes

Resumo


Penetrei na megalópolis, andei em meio aos homens. Só vi animais apressados: formigas céleres e agitadas, sobraçando papéis, segurando pastas. A fuligem do ar causaria o cinzento-sem-afeto das fisionomias? No ponto de ônibus, de repente uma luz intensa circundou o rapaz. Seu rosto tinha cor de gente, pois ria ao ver a charge do matutino. Andei entre as térmitas assustadas, em dia nublado, sem comunicação. Eis senão quando nova luz deparo: dois namorados se olham sorrindo. Nada dizem e se entendem radiosos. Mais adiante, o espetáculo é belo: em mesa de bar, amigos confraternizam. Não são bichos e nem correm... Se olham, falam, brincam e gargalham. Esses focos davam claridade às ruas, e ao seu redor medravam cores. Esses sorrisos faziam a transmutação dos animais em gente. Agora, realmente pessoas, alegres, simpáticas, divinas. Descobri ainda haver esperança para a megalópolis: basta que todos sorriam!

Palavras-chave


megalópolis,

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