LEVANTAMENTO DE CASOS DE ERLIQUIOSE CANINA EM CÃES ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA DA UNIVERSIDADE GUARULHOS (2010 2012).

Resumo

A Erliquiose Monocítica Canina (EMC) é uma doença infecciosa que apresenta distribuição mundial, sendo transmitida pelo carrapato marrom (Rhipicephalus sanguineus). As manifestações clínicas são, na maioria das vezes, inespecíficas e podem se apresentar em diferentes estágios da doença como aguda, assintomática ou crônica, levando ao aparecimento ou não de anemia, trombocitopenia e leucopenia, além de pancitopenia em casos mais graves. É de grande importância estabelecer prognósticos para o direcionamento do tratamento clínico bem como no monitoramento da doença. Diante disso, objetivou-se avaliar as alterações hematológicas, sorológicas e moleculares de cães infectados por Ehrlichia canis atendidos no setor de clínica médica de pequenos animais do Hospital Veterinário da Universidade Guarulhos, de janeiro de 2010 a dezembro de 2012. Foram analisadas 5.510 fichas clínicas dos pacientes nesse período pré- -determinado, havendo 41 arquivos diagnosticados, ou hematologicamente ou através de testes sorológicos e moleculares, para tal enfermidade. Dentre os documentos selecionados, os resultados obtidos expressaram 90,24% de animais diagnosticados clínica e hematologicamente (hemograma completo), 2,44% de animais sorologicamente (SNAP 4Dx) e 7,32% de animais molecularmente (PCR). Como protocolo de tratamento de eleição instituído, observou-se a administração de: doxiciclina (100%), atropina e imizol (43,90%) e prednisona (82,93%). A recuperação dos pacientes foi estabelecida em 14,63% dos casos (sem recidiva), 53,66% dos animais ainda se mantêm em tratamento, 29,27% dos animais tiveram o tratamento interrompido e 2,44% dos animais vieram à óbito. Concluiu-se, neste trabalho, que os métodos de diagnóstico mais utilizados pelo Hospital Veterinário da Universidade Guarulhos (UnG) foram os clínicos (anamnese e manifestações clínicas) e hematológicos (hemograma completo). Sendo assim, sem o diagnóstico definitivo, os animais foram submetidos ao tratamento específico para a hemoparasitose. Projeto elaborado com apoio do Programa Institucional de Iniciação Científica da Universidade Guarulhos PIBIC-UnG/ Rodada II / 2012.