MORALIDADE RELIGIOSA E REPRESSÃO SEXUAL: a atualidade de Nelson Rodrigues para reflexão acerca da educação sexual.

Autores

  • Douglas Paulino Barreiros Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo. Universidade Federal de São Paulo.

DOI:

https://doi.org/10.33947/1980-6469-v14n1-3666

Palavras-chave:

Educação sexual. Homossexualidade. Educação e Literatura. Nelson Rodrigues.

Resumo

O presente artigo trata acerca da sexualidade como objeto de educação pautada no moralismo e no conservadorismo. Essa marca, no que se refere à educação sexual, perpassa tanto a educação familiar quanto a institucional. Apesar de rígida, e permanentemente vigiada, a sexualidade escapa à moral conservadora que acaba por se materializar em atos, gestos, posturas publicamente aceitas, mas que escondem desejos, afetos e sentimentos que se manifestam na intimidade ou afloram em momentos específicos da vida humana. Assim, o argumento moralista conservador de que educação sexual deve ser reservada exclusivamente ao âmbito familiar deixa transparecer a ideia de que a sexualidade pode ser controlada, e mesmo modificada, se alguns de seus traços não corresponderem aos parâmetros de sexualidade padronizados sobre matriz heterossexual. Tais procedimentos acabam por se orientar na negação da própria sexualidade, além de hipocritamente defender que ela nada influencia em nossas vidas. A obra “Toda Nudez será Castigada”, do dramaturgo brasileiro Nelson Rodrigues, é construída sobre a contradição entre educação moral conservadora e o desejo humano, que mesmo reprimido emerge em diversos contextos.

Biografia do Autor

Douglas Paulino Barreiros, Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo. Universidade Federal de São Paulo.

Graduação em Letras Especialização em Filosofia Mestrado em Letras Doutorando em Educação e Saúde

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Publicado

2019-05-08

Edição

Seção

Artigos