MEMES, TROLLAGENS E O CYBERBULLYING: UM ESTUDO DE CAMPO

Marcos Vinicius Mota, Aline Bitencourt Monge, Maria Sylvia de Souza Vitalle

Resumo


Este artigo é resultado de uma pesquisa empírica, qualitativa, exploratória e descritiva, onde objetivamos a apropriação dos conhecimentos, atitudes e opiniões de adolescentes sobre trollagens e o escárnio contra a obesidade no mundo virtual, assim como exploramos os limites entre a brincadeira e o cyberbullying. Construímos um perfil no Facebook para absorver as dinâmicas da plataforma, estabelecendo contato sem interações públicas significativas com as postagens entendidas como de humor, e páginas que patrocinavam publicações voltadas ao riso na rede social, incluindo as com nomes associados à expressão trollar e meme. Realizamos também oito entrevistas semi-estruturadas com adolescentes, com idade entre 17 e 19 anos. As falas transcritas e as postagens no Facebook foram analisadas pela perspectiva da Análise de Conteúdo, de Bardin. Os resultados indicam que, para os adolescentes entrevistados, os vínculos de amizade representam permissão para comentários e ações que relacionadas a estranhos e fora do círculo afetivo, seriam consideradas violência. Percebemos que quando as publicações são baseadas em preconceitos e discriminações sua replicação faz com que tal ação atinja um coletivo representado na imagem, vídeo ou comentário. De forma que, se for um caso de cyberbullying, sua potência atingirá sujeitos para além do alvo inicial.

Palavras-chave


Adolescente. Bullying. Internet. Violência. Rede social. Educação.

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DOI: http://dx.doi.org/10.33947/1980-6469-v15n1-4005

1) UnG - Universidade Guarulhos 2) Indexador: Latindex 3) Indexador: Dialnet