AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DE PAULO FREIRE COMO MECANISMOS DECOLONIZADORES

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33947/1980-6469-v17n2-4444

Palavras-chave:

Paulo Freire. Criticidade. Diálogo. Afetividade. Humanização.

Resumo

Este trabalho busca compreender a educação ensinada por Paulo Freire (1921-1997) como um fazer educacional de caráter decolonizador. Compreendendo o movimento decolonizador como um processo de abertura para os resistentes mecanismos de dominação dos oprimidos, entendemos que as metodologias educativas Freireanas levam-nos a trabalhar com o aguçamento da criticidade do educando, caminhando, portanto, para a um abrir de olhos em relação ao mundo que o cerca. Neste movimento de enxergar o mundo com uma visão mais ampliada, o oprimido consegue compreender os mecanismos de dominação a qual está submetido e que têm suas raízes na brutal herança histórica brasileira de colonização forçada e de dominação e submissão das populações e grupos mais vulneráveis. Neste sentido, o cidadão pouco educado formalmente acaba por sofrer uma aporofobia social, que seria a rejeição aos pobres. Isso pode ser visto em nossa sociedade atual, onde o governo claramente prioriza os mais ricos. A revelação dos mecanismos de reprodução de uma estrutura social de dominação masculina, patriarcal, colonizada, elitista, preconceituosa, racista e classista brasileira deve fazer parte de uma educação crítica, assim como aquela apregoada por Freire. Vemos que não somente seu método de alfabetização para adultos pode ser explorado como um mecanismo de fazer crítico, mas também a compreensão freireana para uma educação através do diálogo e da afetividade, deixando perceber uma concepção ética de educação que valoriza o homem, seus saberes e sua natureza transformadora da educação. Esta apresentação tem caráter qualitativo-analítico e baseia-se em uma bibliografia da área da Educação e da Filosofia.

Biografia do Autor

Walace Rodrugues, Universidade Federal do Tocantins - UFT

Doutor em Humanidades, mestre em Estudos Latino-Americanos e Ameríndios e mestre em História da Arte Moderna e Contemporânea pela Universiteit Leiden (Países Baixos). Pós-graduado (lato sensu) em Educação Infantil pelo Centro Universitário Barão de Mauá – SP. Pós-graduado (lato sensu) em Cultura e Literatura pela Faculdade São Luís – SP. Licenciado pleno em Educação Artística pela UERJ e com complementação pedagógica em Pedagogia. Professor Adjunto da Universidade Federal do Tocantins (UFT). Pós-Doutor pela Universidade de Brasília – UnB/POSLIT. Docente do Programa de Pós-Graduação em Demandas Populares e Dinâmicas Regionais (PPGDire) e da Pós-Graduação em Ensino de Língua e Literatura (PPGL). Pesquisador no grupo de pesquisa Grupo de Estudos do Sentido - Tocantins – GESTO e no Grupo de Estudos e Pesquisa em Demandas Populares e Dinâmicas Regionais, ambos da Universidade Federal do Tocantins – UFT – CAPES/CNPq.

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Publicado

2022-06-08

Edição

Seção

Artigos