O PAPEL DA EDUCAÇÃO NA LUTA ANTICOLONIAL: UM MOVIMENTO CONTRA-HEGEMÔNICO DOS DIREITOS HUMANOS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33947/1980-6469-v17n1-4855

Palavras-chave:

Colonialismo, Educação, Hegemonia.

Resumo

O presente trabalho tem por objetivo estabelecer uma análise acerca da necessidade de um modelo educacional dialógico e crítico para o processo de luta anticolonial e contra-hegemonico. Para tanto, visa inicialmente delimitar a evolução teórica dos direitos humanos, definindo como os movimentos liberais, apesar de combater a dominação exercida pelo poder público em face do indivíduo, se limitam a uma concepção individualista e hegemônica dos direitos, pois restou-se inerte frente às relações de escravidão e dominação presentes em sua época. A concepção hegemônica dos direitos humanos gera numa mesma nação um pluralismo jurídico originário dos sistemas colonialistas, onde um regime de direitos seria aplicado ao colono, considerado sujeito humanizado, enquanto ao colonizado, visto enquanto um selvagem a ser civilizado, aplicaria-se um regime de violência e segregação. A pesquisa então busca analisar a ideologia colonial e seu papel no desenvolvimento de um sistema opressor que persiste até a atualidade, sendo necessário questionar de que forma são realizados os processos de luta anticolonial e se tem a participação do oprimido ou se simplesmente comandados por uma oligarquia. Por fim, demonstra-se de que maneira um sistema educacional fundada numa hierarquia entre o professor e o aluno tem por escopo a manutenção de um sistema de hegemonia, sendo uma prática educacional dialógica que respeite os saberes do educando necessária para que atinja-se a conscientização do oprimido. A metodologia utilizada para o desenvolvimento da pesquisa foi de cunho bibliográfico e dialético no tocante à contradição apresentada entre diferentes métodos educacionais.

Biografia do Autor

Bruno Teixeira Lins, Universidade Tiradentes (UNIT)

Bacharel em Direito pela Universidade Tiradentes (UNIT). Integrante do Grupo de Pesquisa Políticas Públicas de Proteção aos Direitos Humanos – UNIT/CNPq.

Caio Gonçalves Silveira Lima, Universidade Tiradentes (UNIT)

Mestrando em Direitos Humanos pela Universidade Tiradentes (PPGD/UNIT). Integrante do Grupo de Pesquisa Políticas Públicas de Proteção aos Direitos Humanos – UNIT/CNPq.

Ilzver de Matos Oliveira, Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUC/PR

Pós-doutor e Mestre em Direito (UFBA). Doutor em Direito (PUC-RIO). Mestre Sanduíche em Direito e Sociologia (Universidade de Coimbra). Professor do Programa de Pós-graduação em Direitos Humanos e Políticas Públicas da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PPGDH/PUCPR). Presidente da Associação Brasileira de Pesquisadoras e Pesquisadores pela Justiça Social (ABRAPPS). Recebeu o Prêmio Direitos Humanos 2018, do Ministério dos Direitos Humanos.

William Timóteo, Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUC/PR

Mestrando em Direitos Humanos (PUC/PR). Especialista em Direito do Trabalho (PUC Minas). Especialista em Educação (FAJAR/SE). Especialista em Gestão Social e Políticas Públicas (FAJAR/SE). Bacharel em Direito (UNIT/SE). Membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB/SP. Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisa Constituição, Democracia e Direitos Fundamentais. Advogado.

Downloads

Publicado

2022-03-18

Edição

Seção

Dossiê