TRAUMAS MAMILARES DURANTE O PROCESSO DE AMAMENTAÇÃO: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PROMOÇÃO DE CUIDADOS À SAÚDE MATERNO-INFANTIL

Maysa Almeida Silva, Dayane da Rocha Pimentel, Lays Janaina Prazeres Marques, Milena Kelry da Silva Gonçalves

Resumo


Introdução: O processo de amamentação representa uma prática sensível, econômica e eficaz para redução da morbimortalidade infantil. Oferece benefícios relacionados aos aspectos nutricionais e imunológicos, além de promover o fortalecimento de vínculos entre o binômio mãe-filho. O Ministério da Saúde (MS) recomenda que o aleitamento materno seja exclusivo até os seis meses de vida, entretanto, segundo relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde, esta prática é inferior a 40%). Dentre os obstáculos evitáveis que contribuem para o desmame precoce, o trauma mamilar é o principal responsável, sendo resultado do manejo inadequado na técnica de amamentação. Objetivo: Descrever as atribuições educativas do profissional de Enfermagem sob o enfoque na prevenção de traumas mamilares e consequente redução dos riscos potenciais do desmame precoce. Métodos: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica com abordagem exploratória. Para a seleção dos artigos foram utilizadas as bases de dados SCIELO, LILACS E PUBMED, bem como Revistas Nacionais de Enfermagem e documentos oficiais do Ministério da Saúde. Nas amostras foram consideradas as publicações segundo os critérios de refinamento relacionados à disposição íntegra dos textos, com publicação datada entre os anos de 2012 a 2016. Resultados: Estudo que objetivou analisar a prática da amamentação no puerpério imediato identificou que 75% (n = 90) das mães relataram episódios de desconforto durante o ato de amamentar. O emprego de técnicas relacionadas ao preparo da mama, adequado posicionamento e pega do neonato evitam o desmame precoce. No que se refere às características assistências, pesquisas afirmam que o número de consultas de pré-natal é inferior ao preconizado pelo MS (seis consultas) e a cobertura de atividades educativas é insuficiente, permanecendo, portanto, lacunas nas orientações referentes aos cuidados em saúde. O enfermeiro como profissional que presta assistência desde o planejamento reprodutivo à atenção na puericultura, possuí responsabilidade aliado ao poder público, no âmbito da reorientação de programas educacionais e assistenciais que almejem a promoção e proteção do aleitamento materno. Conclusão: A enfermagem como membro da equipe multidisciplinar deve coordenar e potencializar a abordagem educativa sobre a importância e as técnicas de amamentação durante todo o ciclo gravídico-puerperal, identificando precocemente dificuldades que põe em risco a amamentação e o desmame precoce.

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