CUIDADOS PALIATIVOS AOS PACIENTES TERMINAIS PORTADORES DE ALZHEIMER: UM OLHAR DIFERENCIADO DO ENFERMEIRO

Rosangela Symara Araújo, Ligiane Cavalcante Silva, Ramilla Silva Gomes, Rouse Kelly Alves de Brito e Silva, João Bosco Filho, Robson Edney Mariano N. e e Silva

Resumo


Introdução: A doença de Alzheimer é a principal causa do declínio das funções mentais em idosos e corresponde a 60% dos quadros demências, sendo a mais prevalente no mundo todo. O início da doença é sutil, moderado e caracterizado pelas perdas gradativas da memória recente, com dificuldades de aprendizagem, descuido da aparência, alterações de humor e é muitas vezes confundido com outros problemas. O diagnóstico tardio da doença vai se agravando chegando assim a sua fase grave. Na fase grave o paciente se encontra bastante debilitado, acamado, com dificuldades de se comunicar, deambular, necessitando de um cuidado ampliado. Essa fase requer habilidades e competências diferenciadas da equipe de saúde e, da enfermagem, em particular, para que se possa promover cuidados nesse estágio da doença até o momento da morte. Objetivo: Conhecer a atuação do enfermeiro relacionado aos cuidados paliativos aos portadores de Alzheimer na terminalidade, bem como identificar as dificuldades do portador e de sua família nesse momento. Método: Trata-se de uma revisão integrativa, constituída por fases: estabelecimento da hipótese e objetivos da revisão integrativa; os critérios de inclusão e exclusão de artigos; definição das informações a serem extraídas dos artigos selecionados; análise dos resultados; discussão e apresentação dos resultados. Os artigos foram coletados nas bases de dados Lilacs, Scielo, Google Acadêmico. As palavras-chaves utilizadas na busca e seleções dos artigos foram: Alzheimer, cuidados paliativos, enfermagem e terminalidade. Foram analisados 16 referencias publicadas nos últimos anos. Resultados: Os estudos demonstram que os cuidados paliativos, ao se caracterizarem pelo alivio da dor e do sofrimento desencadeado pela doença sem expectativa de cura, representam um importante instrumento para o trabalho da enfermagem no contexto da terminalidade dos pacientes acometidos por Alzheimer. Outrossim, percebe-se que por ser o enfermeiro um educador em saúde em potencial, o mesmo deve orientar a família quanto à evolução da doença, os problemas que irão acometer este portador e suas necessidades, fazendo com que haja um cuidado diferenciado, paliativo e humanizado. Conclusão: A diversidade da necessidade do portador de DA, na fase final de vida, e de sua família, associada à complexidade do sofrimento que envolve esse momento, exige uma atuação interdisciplinar, na qual os cuidados paliativos representam uma importante estratégia para o cuidado desses sujeitos, devendo, portanto, ser trabalhado por toda equipe multiprofissional, em especial a enfermagem.

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