PERCEPÇÃO DAS MULHERES SOBRE O EXAME PREVENTIVO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO

Lucielene Diniz da Silva, Jaedson Capitó de Santana, Isabela Lima Cristeleiro, Isabela Cristielle de Lima Barbosa, Tayane de Cássia de Lima Santos, Fernanda Barbosa Cavalcanti, Andreyna Javorski Rodrigues

Resumo


Introdução: A infecção por alguns subtipos do Papilomavírus Humano HPV pode contribuir para o desenvolvimento do câncer de colo de útero, que devido às elevadas taxas de incidência e mortalidade é considerado um problema de saúde pública em países em desenvolvimento, particularmente em mulheres em idade reprodutiva e estratos socioeconômicos menores. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, em 2014 foram registrados 5.448 óbitos por neoplasia de cérvico-uterina, sendo a incidência para o ano de 2016 de 16.340 casos. O método principal utilizado para rastreamento da referida neoplasia é o teste de Papanicolau. Segundo a OMS, com uma cobertura da população-alvo de, no mínimo, 80% e a garantia de diagnóstico e tratamento adequados dos casos alterados, é possível reduzir, em média, de 60 a 90% a incidência do câncer cervical. Por conseguinte, devido à elevada morbimortalidade da neoplasia, e devido à facilidade na detecção precoce e remissão da doença em seus estágios iniciais, torna-se importante compreender os fatores associados à não adesão das mulheres ao exame citológico. Objetivo: Analisar a produção científica acerca da percepção das mulheres sobre o exame Papanicolau. Método: Revisão integrativa da literatura nas bases de dados LILACS, BDENF e MEDLINE, utilizando os descritores Neoplasias de Colo de Útero, Percepção e Prevenção Primária. Os critérios de inclusão foram: artigos completos, publicados nos últimos dez anos, nos idiomas inglês, português e espanhol, e que adequassem ao tema. Foram identificados 27 artigos, sendo selecionados nove publicações para compor a amostra após a leitura e adoção dos critérios de inclusão. Resultados: Evidenciou-se que a mulher percebe o exame Papanicolau como forma de autocuidado. Entretanto, elas buscam a assistência apenas com o início dos sintomas. Tal fato está relacionado com sentimentos de vergonha ao despir-se para o profissional de saúde, medo da dor durante o procedimento, desconhecimento do ritual do exame, e nervosismo quanto ao possível resultado positivo. Aponta-se ainda que a falta de educação sexual na família e a pouca orientação sobre o exame são as principais causas destes sentimentos. Conclusão: Torna-se patente que o profissional de saúde estabeleça com a mulher uma relação de empatia, realizando uma explicação clara sobre a realização do procedimento, a fim de permitir que a usuária faça questionamentos e minimize reações negativas associadas ao exame, o que pode influenciar na melhor compreensão sobre o seu corpo. Assim, poderão surgir percepções mais positivas em relação ao exame, modificações nas atitudes e aumento da adesão ao procedimento.

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