O PAPEL DO ENFERMEIRO NO TRATAMENTO BÁSICO DA HANSENÍASE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Wallesca de Medeiros Borges, Roberta Manuelle de Souza Mota, Roberta Manuelle de Souza Mota, Thyall Xuanny Ferreira da Silva, Patrícia Maria Cavalcanti Carneiro de Almeida

Resumo


Introdução: A hanseníase, é uma doença conhecida como lepra, segundo as escrituras sagradas (a Bíblia), neste período os leprosos eram banidos da cidade para morrer sem nenhum cuidado, considerando que não tinha cura e se estendia de imediato. É uma doença contagiosa e infecciosa causada por um bacilo denominado Mycobacterium leprae, sua evolução depende das características do sistema imunológico da pessoa que foi infectada. A cronicidade da doença se manifesta, principalmente, por lesões cutâneas e com a diminuição de sensibilidade térmica, dolorosa e tátil. A hanseníase atinge as células cutâneas e nervosas periféricas, apresentando sintomas como manchas esbranquiçadas ou avermelhadas e redução da sensibilidade. Aparecendo com maior frequência na face, orelhas, nádegas, braços, pernas, costas e mucosa nasal, se não for tratada logo, haverá um comprometimento dos nervos periféricos no paciente. De acordo com a resistência do indivíduo ao bacilo, pode ser considerada paucibacilar ou multibacilar. O enfermeiro da atenção básica é o profissional mais atuante no cuidado integral ao paciente, acompanhando o mesmo às consultas mensais e supervisão dos medicamentos, contribuindo para o retorno do paciente estigmatizado à sociedade através da reabilitação física e social. Além disso, a consulta de enfermagem permite a elaboração de um plano de assistência em que o fazer, orientar, ajudar e supervisionar são ações que permitem uma assistência eficaz e de qualidade. Objetivos: Descrever a importância do enfermeiro no controle, diagnóstico e tratamento dos pacientes com hanseníase. Metodologia: Trata-se de revisão integrativa da literatura. As buscas ocorreram nas bases de dados LILACS, BDENF e PUBMED, entre agosto e setembro de 2017. Foram incluídos os artigos disponíveis nos últimos dez anos, por meio de descritores integrados do DECS e o operador boleano AND: hanseníase; paciente; enfermeiro. A primeira busca resultou em 85 artigos e, após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 9 artigos resultaram na amostra final. Resultados e Discussões: Dos 9 artigos utilizados para a discussão, foram elencadas categorias temáticas, a saber: a identificação de exposições aos riscos da hanseníase; promoção e ao diagnóstico; vinculação e suporte nas modalidades de prevenção e tratamento. A informação é ponto chave para o diagnóstico e tratamento da hanseníase, o enfermeiro deve oferecer apoio, atendendo às ansiedades relacionadas ao impacto do diagnóstico de hanseníase, e prestar todo esclarecimento acerca da doença, bem como orientar quanto à prevenção de incapacidades, autocuidado e todo desconforto decorrente do tratamento. Deve-se priorizar o tratamento com a descoberta em tempo hábil para que não leve o paciente a uma situação de maior risco e que desta forma o papel do profissional de enfermagem seja de grande ajuda. Conclusão: Diante de várias questões levantadas, destaca-se a contribuição da enfermagem com a informação da transmissão da doença, incentivando as pessoas acometidas por hanseníase a respeito da importância do tratamento e encorajando-o diante do preconceito e reações adversas bem como, orientando-o sobre os cuidados que se deve ter para evitar as possíveis complicações desta afecção.

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