PRINCIPAIS DIFICULDADES SOCIOCULTURAIS ENFRENTADAS POR PORTADORES DO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA E DA SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA

Resumo

Introdução: O vírus da imunodeficiência humana (HIV) e a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) manifestam-se como um problema de saúde pública, de grande magnitude e caráter pandêmico, atingindo os indivíduos sem distinção social, econômica, racial, cultural ou política. A dinâmica deste fenômeno mundial sofreu grandes transformações no perfil das populações acometidas pele doença, o que contribuiu para modificar crenças equivocadas sobre as populações que estavam suscetíveis ao contágio. Objetivo: Objetivou-se evidenciar as principais dificuldades socioculturais enfrentadas por portadores do HIV e da AIDS. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada por meio de levantamento bibliográfico utilizando as seguintes bases de dados; SCIELO, BDENF e LILASC. Foram usados como critérios de inclusão: Brasil, Português, artigos originais disponibilizados na íntegra e tempo de publicação (2012-2016), e exclusão: inglês, espanhol, revisão bibliográfica e outros países de filiação. Utilizaram-se os descritores associando com operadores booleanos HIV AND AIDS AND Enfermagem AND Preconceito. A pesquisa foi realizada no período de Janeiro/2017 a Março/2017. Para a realização do processamento dos dados as informações foram implantadas no programa Excel® do Windows®. Resultados e Discussão: Após o cruzamento de todos os descritores foram encontrados 71 artigos destes apenas 28 se enquadraram nos critérios de inclusão e exclusão. A pesquisa evidenciou as principais dificuldades socioculturais enfrentadas por portadores do HIV e da AIDS são: Preconceito (20,2%), Medo (17,7%), Descriminação (16,5%), Isolamento Social (16,5%), Estigma (15%), Culpa (6,5%) e Exclusão Social (7,5%). Conclusão: Com 54,5% de prevalência, foi destacado que o preconceito, o medo e a descriminação são as principais dificuldades enfrentadas pelos portadores do HIV e da AIDS. Dificuldades estas que não devem ser enfrentadas somente como um problema de saúde pública, mas também como um compromisso ético de toda a sociedade em respeito a dignidade humana. Uma vez que o enfrentamento destas doenças exige a melhoria do conhecimento acerca das mesmas e a superação de inúmeros fatores, que vão além da informação, pois exigem mudanças de visão do mundo, crenças e aceitação do outro na sua singularidade e diversidade. Mesmo diante dos resultados obtidos sugere-se que sejam realizados outros estudos sobre a temática.