ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DA ÁGUA DE NASCENTES UTILIZADAS POR MUNÍCIPES DE GUARULHOS, FRENTE AO PADRÃO EXIGIDO LEGALMENTE

Paula Leal da Costa

Resumo


Introdução: poucos estudos no Brasil enfocam aspectos de potabilidade, balneabilidade e saúde pública por exposição a organismos em corpos d´água. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 80% de todas as doenças que acometem os países em desenvolvimento provêm de água de má qualidade. Objetivo: analisar a qualidade da água tanto de bebedouros, quanto do lago, localizados no Maia, em Guarulhos-SP. Método: para a análise do material em questão, foram escolhidos 3 pontos de coleta, sendo 2 bebedouros (pontos 1 e 2, respectivamente) e 1 lago (ponto 3). Cada ponto foi amostrado quinzenalmente, por 5 meses, num total de 10 análises, compreendendo períodos de chuva e períodos de seca. Para tal, foi utilizada a metodologia APHA 2005 de membranas filtrantes. Para a coleta foram utilizados recipientes estéreis que foram preparados no Lab de Microbiologia da UNG. Após as diluições, foi colocado 1 mL de cada amostra sobre a membrana filtrante, na bomba a vácuo. Foram feitas as filtrações e o plaqueamento no Agar HiCrome UTI modificado. Foram feitas 2 placas por ponto amostrado. Após este procedimento, as amostras foram incubadas a 37º C, durante 24 horas, para posterior leitura. Resultados: nas análises que compreenderam os períodos entre 23/02/2017 e 31/07/2017, foram quantificadas no ponto 1: entre 0 e 3,5x10² E. coli, entre 0 e 9,5 x 10³ S. aureus e entre 0 e 6,5 x 10³ Termo tolerantes totais; no ponto 2: entre 0 e 0,5 x 10² E. coli, entre 0 e 8,55 x 10³ S. aureus e entre 0 e 2,9 x 10³ Termo tolerantes totais; no ponto 3: entre 1,0 x 10² e 5,0 x 104 E. coli, entre 0 9,85 x 105 S. aureus e entre 1,8 x 104 e 3,9 x 105 Termo tolerantes totais. Conclusão: de acordo com a Portaria MS nº 2.914 de 12 de dezembro de 2011, a água para consumo humano em relação à Escherichia coli deve apresentar ausência total em 100 mL, e quanto aos coliformes totais, devem apresentar ausência em 100 mL em 95% das amostras examinadas no mês. Em ambos os casos, tais exigências não foram observadas. Pode-se observar também grande interferência tanto no número de E. coli quanto no número de termotolerantes totais, quando relacionados aos períodos de chuva ou estiagem. A análise foi realizada através de informações fornecidas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o que permitiu a conclusão de que durante os períodos de estiagem, o número de E. coli, bem como de termotolerantes totais diminuiu drasticamente se comparado aos períodos de grande precipitação.

Palavras-chave


Meio Ambiente; Qualidade da Água; Microbiologia

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