O PAPEL DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Rita Vanessa Silva, Maria Helena Barbosa, Khersia Kelly Faustino, Jessica Souza Siqueira

Resumo


Introdução. As lesões por pressão retratam um dos maiores desafios para a equipe multiprofissional de saúde na busca de uma assistência que seja integrativa. Pode-se dizer que é uma lesão causada pela junção de pressão, fricção e cisalhamento, geralmente ocorre em proeminências ósseas. Dentro da equipe de saúde, o enfermeiro por gerenciar, está apto a desenvolver estratégias a serem propostas para prevenção de tais complicações. Nesta revisão abordaremos a importância de reunir informações gerais do estado do cliente com o objetivo de oferecer uma assistência de qualidade visando a integridade e segurança do cliente, alcançando resultados satisfatórios nas intervenções prestadas. Objetivos. Identificar através desta revisão, a importância da prevenção em casos de Lesão por pressão com ações que evidenciam o cuidado, dando ênfase ao papel do enfermeiro enquanto líder da equipe de enfermagem. Método. Para a produção desta revisão integrativa realizou-se uma pesquisa a cerca da literatura sobre lesão por pressão, que evidenciava as medidas de prevenção realizadas pela enfermagem. O levantamento de estudos foi realizado através da biblioteca virtual: Biblioteca Virtual em Saúde, das bases de dados: Scielo, BDENF, e da revista RECOM. Os critérios de inclusão foram: artigos publicados entre os anos de 2008 a 2018, e os critérios de exclusão: artigos antigos e que não tratassem do tema proposto. Resultados e Discussão. A incidência de lesão por pressão diz respeito à exposição a fatores de risco encontrados, estes podem ser internos e externos, apesar das medidas preventivas e de toda rede complexa a segurança do paciente no ambiente hospitalar, ainda assim há registro de inúmeros casos. A isquemia tecidual é um estado agravante para o quadro clínico do paciente, pois as lesões desenvolvem-se rapidamente resultando em necrose, levando o aumento do tempo de internação dos acometidos e consequentemente maior custo para a instituição. Os fatores de riscos que podem desencadear lesões por pressão são considerados externos como cisalhamento, fricção, umidade, e internos quando partem de comorbidades, por exemplo, Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes Mellitus e estado nutricional. As áreas suscetíveis ao surgimento de Lesão por pressão são: pavilhão auricular, região occipital, escapular, sacrococcígea, trocantérica e maléolos. Há uma classificação que determina a evolução da lesão: 1 estágio pele íntegra com eritema que não embranquece, 2 estágio apresenta perda de espessura parcial da pele com exposição da derme, 3 estágio perda total da espessura da pele, 4 estágio perda total da espessura da lesão e perda tissular. As ações de prevenção visam impedir que o estímulo agrida o paciente causando-lhe dano, por isso, o enfermeiro estabelece um plano de cuidados que abranja a individualidade de cada paciente, no geral consiste em verificação de prontuários, exames físicos, mudanças de decúbitos, uso de produtos de barreiras afim de proteger a pele da exposição excessiva à umidade, uso de superfícies de apoio adequado, atentar-se também para o estado nutricional do paciente e uso da escala de Braden. Esses cuidados garantem segurança ao cliente, evitando o acometimento do seu quadro clínico. Conclusão. A prevenção faz-se primordial na busca da diminuição dos casos de lesão por pressão, pois assegura a integridade do cliente garantindo-lhe mais qualidade de vida. O enfermeiro enquanto líder é o protagonista no planejamento da assistência prestada visando um controle de casos e melhor prestação de cuidados.

Palavras-chave


Lesão por pressão; Educação em enfermagem; Medição de Risco.

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