AVALIAÇÃO DA POSTURA CORPORAL RELACIONADA ÀS MALOCLUSÕES DENTÁRIAS: UMA REVISÃO DA LITERATURA.

Josefa Simere Santos Barros Catão, Thayse Renally Ribeiro de Souza, Rosifrance Vidal Oliveira Santos, Edna Dutra Pinheiro, William Alves Melo Júnior

Resumo


Objetivo: Analisar as influências e relações das disfunções da postura corporal em pacientes com maloclusões dentárias por meio de uma revisão de literatura. Materiais e métodos: Foi realizado um levantamento bibliográfico de buscas e análises de artigos científicos e bases de dados sobre a avaliação da postura corporal relacionada às maloclusões dentárias. Foi priorizado como critérios de inclusão: artigos publicados nas plataformas LILACS, SciELO, PubMed; artigos publicados no período de 2010 a 2018, totalizando 18 referências. Resultados: As maloclusões dentárias se referem a desordens caracterizadas pelo encaixe da arcada dental superior com a inferior, onde essa disfunção da posição dentária pode repercutir sobre todo o corpo humano, possibilitando diversas alterações mecânicas, dentre elas a Disfunção Temporomandibular (DTM), determinando condições dolorosas como: dores musculares com limitação e desvio na trajetória mandibular, ruídos articulares durante a abertura e fechamento bucal, dores de cabeça, nuca, pescoço e ouvido. Além disso, fatores posturais podem ser originários do sistema estomatognático, ou seja a relação da postura corporal interfere na posição da cabeça, que é responsável pela postura da mandíbula e da língua na cavidade bucal. Quando essa mandíbula se dispõe alterada ocorrem modificações no crânio e como consequência sofre modificação na coluna vertebral, surgindo sintomatologias faciais, lombares, cefaleias, cervicalgias e cervicobraquialgias. De acordo com Lopes et. al. (2009) Recentemente, dois fatores fisiológicos são alterados pela má oclusão, a postura e a respiração. A alteração postural mais comum é a cabeça projetada para frente. A relação entre o sistema estomatognático e postura corporal tem sido discutida na literatura. O íntimo relacionamento da oclusão dentária, funções bucais e postura da cabeça e do corpo estabelece um novo paradigma para os tratamentos da má-oclusão dentária. A idéia individualizada da Odontologia tem sido abandonada para dar lugar à idéia de conjunto, ou seja, a oclusão integra o todo e, portanto, tem influência direta nos distúrbios que ocorrem em outras áreas do corpo humano. Conclusões: A relevância das possíveis atuações do cirurgião dentista em relação ao diagnóstico da mordida cruzada anterior, constitui instrumento clínico para encurtar o tempo de tratamento e minimizar danos futuros aos pacientes. A intervenção precoce sugere vantagens relativas ao tempo de tratamento, fases de intervenção e adaptação ao tratamento. Com isso, acarreta em solução viável para o desgaste geral decorrentes de tratamentos ortodônticos longos e invasivos na idade adulta. Estudos epidemiológicos mostram o aumento da prevalência e frequência das oclusopatias nas dentições decídua e mista. O conhecimento da fisiologia da mastigação, do crescimento e desenvolvimento da face e arcadas, mecânicas ortodônticas são formas de atuação integrada na odontologia. O cirurgião dentista deve estar envolvido no acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, a fim de promover o diagnóstico e tratamento precoces no intuito de promoção de saúde e contribuir para a qualidade de vida dos pacientes.

Palavras-chave


Oclusopatias. Alteração Postural. Disfunção Temporomandibular

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