VIOLÊNCIA CONTRA O ADOLESCENTE NA PERSPECTIVA DE PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Adrielly Aparecida brito, Maira Rosa Apostólico

Resumo


Introdução: Dentre inúmeros desafios que os sistemas de saúde mundiais apresentam, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece algumas barreiras para os cuidados de saúde dos adolescentes, que afetam a disponibilidade, acessibilidade, aceitabilidade e equidade. Os indicadores de causas externas, principal causa de óbitos entre adolescentes, chamam a atenção para a necessidade de estudos e ações direcionadas sobretudo à prevenção e proteção de adolescentes em situação de risco para violência. O presente estudo buscou responder a seguinte pergunta científica: como a violência contra o adolescente é percebida pelos profissionais da Atenção Primária à Saúde? Objetivo: Caracterizar a percepção dos profissionais da Atenção Primária à Saúde acerca do fenômeno da violência contra o adolescente. Método: estudo exploratório e descritivo, de abordagem qualitativa. Adotará como referencial teórico e metodológico a utilizada a Teoria da Intervenção Práxica da Enfermagem em Saúde Coletiva e a categoria analítica geração. Para caracterização do cenário serão coletados dados de fontes secundárias com acesso público. Os dados de fontes primárias foram coletados a partir de entrevistas individuais semiestruturadas seguindo roteiros construídos especificamente para este estudo, com 15 profissionais com formação superior das equipes de Saúde da Família e equipes dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família, que atuem na Atenção Primária à Saúde há um ano ou mais, e que desenvolvam ou tenham desenvolvido neste período, atendimento às crianças e aos adolescentes como atividade própria da Unidade de Saúde. Não foram previstos critérios de exclusão. As entrevistas foram gravadas com equipamento digital, transcritas na íntegra e validadas pelos profissionais. Para análise dos resultados, foi proposta a aplicação da técnica de análise de conteúdo, utilizando-se do software webQDA. Resultados: Resultados preliminares na análise de 13 entrevistas, indicam a violência sexual, física e autoagressão como as principais ocorrências do território, segundo os entrevistados. São poucos os recursos para enfrentamento, como denúncia, abrigamento e encaminhamento para outros serviços. Os participantes apontam dificuldades no enfrentamento pela falta de respaldo institucional e medo da violência do território. Conclusão: O enfrentamento da violência mostrou-se de difícil realização, assim como em outros cenários. Análises complementares são necessárias, sobretudo com a aproximação da categoria geração.

Palavras-chave


Atenção Primária; Violência; Adolescente

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