OSTEOSSARCOMA FELINO RELATO DE CASO

Resumo

Introdução O osteossarcoma (OSA) é uma neoplasia maligna que acomete o tecido mesenquimal e ósseo, sendo por sua vez de origem primária e muito relatada em cães de raças grandes a gigantes, desenvolve-se principalmente em ossos longos (75%) porém, a ocorrência em felinos é rara e muitas vezes associada a animais idosos. Objetivo O objetivo do presente trabalho é relatar um caso de osteossarcoma em um felino de 13 anos. Materiais e Métodos Foi atendido no Hospital Veterinário da UNG um felino, macho, sem raça definida de 13 anos com 4,5 kg de peso corpóreo com histórico de claudicação, dor, aumento de volume no membro torácico direito, distrição respiratória e anorexia há 2 meses. Animal já havia sido tratado anteriormente para pneumonia e artrose, porém sem melhora clínica. Foram realizados exames de imagem do membro acometido, da articulação escapulo umeral, e da região torácica, na radiografia foi possível observar imagens compatíveis com neoplasia óssea e estruturas nodulares em tórax respectivamente. Para confirmar o diagnóstico radiográfico foi realizado uma citologia aspirativa com agulha fina da região afetada sendo o diagnóstico compatível com OSA. Mediante o quadro de metástase pulmonar constatado na radiografia torácica, previamente ao início do tratamento, e condições clínicas não foi realizado intervenção cirúrgica e o animal foi submetido ao tratamento paliativo, foram realizadas as seguintes medicações Prednisolona 3mg/ml 1 mg/kg SID ANR, suplemento de ácidos graxos essenciais EPA:DHA 1 cápsula SID ANR, Cloridrato de tramadol 1 mg/kg BID 10 dias, Dipirona 2 gotas SID 7 dias e Gabapentina para uso contínuo 7 mg/kg BID ANR com o intuito de manter a qualidade de vida do paciente. Resultados Com o tratamento instituído a estimativa de vida foi de 2 meses, o animal se manteve por todo esse período com discreta sensibilidade dolorosa no membro, ausência de claudicação durante o uso das medicações analgésicas, porém devido o quadro de metástase pulmonar o animal apresentou um quadro de dispneia importante não sendo possível a intervenção médica e o animal veio a óbito. Conclusão A ocorrência de OSA não deve ser negligenciada apenas por se tratar da espécie felina e deve entrar como diagnóstico diferencial para lesões ósseas.