MIASTENIA GRAVIS EM CÃO RELATO DE CASO
Resumo
Introdução: A miastenia gravis é uma doença da junção neuromuscular pouco relatada em cães, na qual são produzidos anticorpos contra receptores de acetilcolina na membrana pós-sináptica da junção neuromuscular, que resultam em alterações morfológicas ou fisiológicas em sua estrutura. Os sinais clínicos incluem fraqueza muscular, principalmente em membros pélvicos após exercício físico e dificuldade de deglutição devido a paralisia levando ao megaesôfago. O diagnóstico laboratorial é feito por meio da dosagem de anticorpos contra a acetilcolina ou diagnóstico terapêutico com resposta positiva a administração de anticolinesterásico como o brometo de neostigmina. Objetivo: Relatar um caso de miastenia gravis na Clínica Escola de Medicina Veterinária da UnG. Materiais e métodos: Foi atendido um cão da raça border collie de um ano de idade com queixa de dor e dificuldade de locomoção que ao se exercitar perdia força nos membros pélvicos e após minutos em repouso voltava a se locomover normalmente, em seguida apresentava novamente os sintomas. A suspeita do diagnóstico de miastenia gravis se deu pela presença de um megaesôfago encontrado no exame de radiografia de coluna cervical e torácica, confirmada no diagnóstico terapêutico com aplicação de brometo de neostigmina, onde o animal em crise miastênica, obteve melhora em poucos minutos. Com isso, foi instituído terapia medicamentosa via oral com droga anticolinesterásica de ação prolongada, com o brometo de piridostigmina, e o paciente após um ano desde o diagnóstico não apresentou mais crises. Conclusão: A eficiência no tratamento da miastenia gravis em cães depende da capacitação do médico veterinário em associar os sintomas com a suspeita clínica, e da participação ativa do tutor, que deve ser orientado para realizar as condutas terapêuticas necessárias, principalmente se o animal apresentar o megaesôfago associado a essa enfermidade, a fim de amenizar os efeitos causados pela doença.
Palavras-chave
Miastenia gravis, megaesôfago, neostigmina, brometo de piridostigmina
Texto completo:
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Comentários sobre o artigo
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por Ouida Camarillo (20/04/2020)
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