COMPARAÇÃO DA INCIDÊNCIA DE MASTITE EM VACA LEITEIRA EM PROPRIEDADES COM ORDENHA MANUAL E ORDENHA MECÂNICA

Natasha Beck, Cristina de Fátima Lucio

Resumo


Introdução: A mastite de vacas leiteira é de grande importância para a economia por promover impacto na produção leiteira, pois altera também as características organolépticas resultando em seu descarte. A procura de fatores que possam controlar ou diminuir a incidência da mastite é foco de estudo na atualidade e de extrema importância para obter-se um leite de melhor qualidade. Objetivo: Este trabalho teve como objetivo realizar um comparativo da incidência de mastite em vacas leiteiras em propriedades que realizam ordenha mecânica e manual a fim de comprovar se a adesão de biotecnologias destas propriedades é realmente eficaz para o produtor. Material e método: Os exames utilizados foram: teste de CMT para verificar a presença de mastite subclínica e teste do caneco de fundo escuro para determinar mastite clínica. Os testes foram realizados em 16 animais de cada propriedade, totalizando 32 vacas. Os tetos das vacas foram submetidos à higienização com água, sabão e secagem com papel toalha individualmente. O primeiro jato da ordenha foi destinado para realização do teste do caneco de fundo escuro onde foi possível determinar a ausência da mastite clínica e, quando presente foi possível avaliar a gravidade de acordo com a quantidade de grumos visualizada. Foi adotado o escore + para formação de poucos grumos, ++ quando os grumos foram evidentes, porém em menor quantidade em relação ao leite líquido e +++ quando a quantidade de grumos foi maior do que a quantidade de leite líquido. Foi realizada a coleta de leite para avaliação do CMT seguindo a orientação do fabricante e os resultados foram separados em negativo, (+) para formação de pouco gel, (++) para forte formação de gel e (+++) para muita formação de gel. Resultados: Foi observado que a ordenha manual apresentou maior porcentagem de animais positivos para mastite clínica (18,75%) em relação à ordenha mecânica (6,25%) no teste do caneco de fundo escuro. Em relação à mastite subclínica, constatou-se que, a ordenha mecânica teve maior porcentagem de animais positivos (87,5%) para o teste CMT em relação à ordenha manual (81,25%). Contudo, a ordenha manual obteve 45,31% dos animais com quantidade moderada de células somáticas no leite (++) em comparação à mecânica que obteve 26,66% com (++) no CMT. A literatura relata que, o uso de tecnologia no momento da ordenha reduz o número de CCS no leite e previne a transmissão de Staphylococcus do homem para o animal no momento da ordenha manual. Este achado é importante pois, quando a mastite não é diagnosticada, o leite é misturado no tanque para armazenamento, comprometendo a qualidade do produto final. Conclusão: Portanto, constatou-se que, a ordenha manual contém maior porcentagem de animais que apresentaram mastite clínica e mastite subclínica nos testes realizados, resultando em leite de menor qualidade e com maior número de células somáticas. Confirmando assim que, a implantação de tecnologias no momento da ordenha é de extrema relevância para o controle da qualidade do leite.

Palavras-chave


Contaminação. Ordenha. Mastite.

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