CONTAMINAÇÃO DA AREIA DE ÁREA DE RECREAÇÃO DE CRECHES DO MUNICÍPIO DE VÁRZEA PAULISTA/SP.

Anne Agnesini Chen, José Luiz Negrão Mucci, Marly Matiko Maeda, Izilda Cortez, Angela Aparecida Almeida

Resumo


INTRODUÇÃO: Helmintos intestinais transmitidos pelo solo causam infecções muito comuns em todo o mundo, afetando as comunidades mais carentes. A contaminação da areia de áreas de recreação infantil constitui grave problema de saúde pública, devido à possibilidade de transmissão de parasitoses como ascaridíase, ancilostomíases e especialmente a larva migrans visceral (LMV) e a larva migrans cutânea (LMC). A LMV é uma das zoonoses parasitárias mais importantes em nosso meio e é causada pela ingestão de ovos larvados de Toxocara spp. que ocasionam principalmente em crianças, manifestações pulmonares, neurológicas e oculares. A LMC é muito comum no litoral e é causada pela larva do gênero Ancylostoma spp. que penetra pela pele do homem e geralmente causa prurido intenso. OBJETIVO: Verificar a contaminação por geo-helmintos das áreas de recreação de instituições que recebem crianças de até 4 anos no município de Várzea Paulista e avaliar o risco de infecção por parasitas de importância em saúde pública. MÉTODO: Foram realizadas coletas em 6 escolas, num total de 40 amostras no período de 12 a 18 de novembro de 2009. Cada amostra foi coletada a uma profundidade de cinco centímetros da superfície, totalizando 100 gramas. As amostras foram processadas pelas técnicas de flutuação em soluções de dicromato de sódio e de sacarose. RESULTADOS: Em 100% (6/6) das instituições foram encontrados ovos inviáveis de Ascaris lumbricoides e Toxocara spp. Foram encontrados agentes causadores da LMV e/ou LMC viáveis em 66,7% (4/6) das escolas e em relação às amostras, 22,5% (9/40) foram positivas. Ovos viáveis de Toxocara spp. foram encontrados em 50% (3/6) das escolas. CONCLUSÕES: A contaminação por helmintos nas areias das áreas de recreação das creches do município de Várzea Paulista é alta. Medidas preventivas e educativas devem ser tomadas pelos gestores dessas instituições para proteger a saúde das crianças.

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