ENTEROPARASITOSES EM ESCOLARES DE COMUNIDADE QUILOMBOLA DO MUNICÍPIO DE SÃO MATEUS/ES
Resumo
INTRODUÇÃO:
No Brasil, assim como nos demais países em desenvolvimento, as enteroparasitoses estão amplamente distribuídas, variando conforme as condições de saneamento básico, nível sócio-econômico, grau de escolaridade, idade e hábitos de higiene dos indivíduos. As crianças em idade escolar representam um importante grupo de risco à infecção devido a maior suscetibilidade e maior grau de exposição às fontes primárias. Nelas, além das agressões diretas, os parasitas podem causar déficit no estado nutricional, no crescimento e na função cognitiva.
OBJETIVOS:
A presente pesquisa teve por objetivo determinar a prevalência de parasitoses intestinais em escolares do Bairro Santa Maria, Comunidade Quilombola, localizada na zona rural do Município de São Mateus (ES). MATERIAIS E MÉTODOS:
No período entre agosto de 2009 e abril de 2010, foram examinados 147 estudantes, com idade entre 6 e 20 anos, da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Córrego de Santa Maria. Para cada indivíduo foi analisada uma única amostra de fezes pela técnica de sedimentação espontânea (HPJ).
RESULTADOS:
Das amostras analisadas, 51,0% revelaram-se positivas, com maior ocorrência em indivíduos do sexo feminino (56,0%) quando comparado ao sexo masculino (45,8%). A prevalência específica variou entre as diversas espécies: Entamoeba coli (48,0%), Ancilostomídeo (28,0%), Entamoeba histolytica e/ou Entamoeba dispar (18,7%), Giardia lamblia (14,7%), Endolimax nana (14,7%), Ascaris lumbricoides (5,3%), Trichuris trichiura (5,3%), Strongyloides stercoralis (4,0%), Enterobius vermiculares (2,7%), Hymenolepis nana (1,3%) e Iodamoeba butschlii (1,3%). A associação entre dois agentes ocorreu em 32,0% dos casos e entre três ou mais em 5,3%. A associação mais freqüente envolveu E. coli e E. histolytica/dispar, com oito ocorrências. CONCLUSÃO. A elevada prevalência de parasitos encontrada sugere precárias condições de vida da comunidade e indica a necessidade de programas voltados à eliminação das fontes de infecção e não somente ao diagnóstico e tratamento dos escolares.
Apoio: DECIT/SCTIE/MS, CNPq, FAPES, SESA, UFES.
No Brasil, assim como nos demais países em desenvolvimento, as enteroparasitoses estão amplamente distribuídas, variando conforme as condições de saneamento básico, nível sócio-econômico, grau de escolaridade, idade e hábitos de higiene dos indivíduos. As crianças em idade escolar representam um importante grupo de risco à infecção devido a maior suscetibilidade e maior grau de exposição às fontes primárias. Nelas, além das agressões diretas, os parasitas podem causar déficit no estado nutricional, no crescimento e na função cognitiva.
OBJETIVOS:
A presente pesquisa teve por objetivo determinar a prevalência de parasitoses intestinais em escolares do Bairro Santa Maria, Comunidade Quilombola, localizada na zona rural do Município de São Mateus (ES). MATERIAIS E MÉTODOS:
No período entre agosto de 2009 e abril de 2010, foram examinados 147 estudantes, com idade entre 6 e 20 anos, da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Córrego de Santa Maria. Para cada indivíduo foi analisada uma única amostra de fezes pela técnica de sedimentação espontânea (HPJ).
RESULTADOS:
Das amostras analisadas, 51,0% revelaram-se positivas, com maior ocorrência em indivíduos do sexo feminino (56,0%) quando comparado ao sexo masculino (45,8%). A prevalência específica variou entre as diversas espécies: Entamoeba coli (48,0%), Ancilostomídeo (28,0%), Entamoeba histolytica e/ou Entamoeba dispar (18,7%), Giardia lamblia (14,7%), Endolimax nana (14,7%), Ascaris lumbricoides (5,3%), Trichuris trichiura (5,3%), Strongyloides stercoralis (4,0%), Enterobius vermiculares (2,7%), Hymenolepis nana (1,3%) e Iodamoeba butschlii (1,3%). A associação entre dois agentes ocorreu em 32,0% dos casos e entre três ou mais em 5,3%. A associação mais freqüente envolveu E. coli e E. histolytica/dispar, com oito ocorrências. CONCLUSÃO. A elevada prevalência de parasitos encontrada sugere precárias condições de vida da comunidade e indica a necessidade de programas voltados à eliminação das fontes de infecção e não somente ao diagnóstico e tratamento dos escolares.
Apoio: DECIT/SCTIE/MS, CNPq, FAPES, SESA, UFES.
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