ATIVIDADE LARVICIDA DE EXTRATO BRUTO E FRAÇÕES DE PLANTAS CONTRA AEDES AEGYPTI (DIPTERA, CULICIDAE)

Yrla Nivea Oliveira Pereira, Jorge Luiz Pinto Moraes, Tereza Cristina Silva, José Manuel Macário Rebelo, Flavia Raquel Fernandes do Nascimento

Resumo


A dengue tem sido registrada em todos os anos no país, com a ocorrência de picos epidêmicos relacionados com a chegada de um novo subtipo do vírus. O último pico epidêmico ocorreu em 2002, devido à introdução do DEN-3, quando foram registrados 794.219 mil casos, principalmente no Rio de Janeiro. Até o momento, não há vacina e a melhor alternativa é o controle do vetor, Aedes aegypti, principalmente usando métodos de controle, com baixa toxicidade, de origem vegetal. Assim, buscou-se avaliar a atividade larvicida dos extratos brutos e de frações contra Aedes aegypti. As plantas utilizadas foram: Cecropia sp., Chenopodium ambrosioides, Julocroton triqueter, Orbignya phalerata, Tephrosia cinerea e Turnerea ulmifolia. Os extratos foram usados nas concentrações de 500 μg/ml, 250 μg/ml, 125 μg/ml, 62,5 μg/ml e 31,25 μg/ml. Os ovos de Aedes aegypti foram obtidos com o uso de ovitrampas. Após a eclosão, as larvas de 3º ou 4º estádio do desenvolvimento foram utilizadas nos ensaios. Cada teste foi feito em triplicata para cada concentração. O controle positivo usado foi o temefós (0,1 ppm). As larvas ficaram expostas às soluções e o registro da mortalidade foi feito com 24 horas. Os extratos das plantas que mostraram atividade foram: Julocroton triqueter (IC50 274,6 mg/l) e Tephrosia cinerea (IC50 491 mg/l). Os extratos de Cecropia sp., Chenopodium ambrosioides, Orbignya phalerata, e Turnerea ulmifolia não demonstraram atividade contra as larvas de Aedes aegypti. Já com relação às frações, a fração alcaloídica e a fração hexano de Julocroton forneceram os seguintes resultados de IC50, respectivamente, 203,3 mg/l e 73,5 mg/l. A busca por um bioproduto de origem vegetal que tenha atividade larvicida contra Aedes é suma importância para o controle da dengue, pois com isso, ocorre a eliminação dos locais de reprodução do vetor, que contribui para manter em baixa a população dos mosquitos.

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