EFICÁCIA DE Artemisia annua L. NO TRATAMENTO DA TOXOPLASMOSE CONGÊNITA EM Calomys callosus

Priscila Silva Franco, Adele Aud Rodrigues, Millena Carolina Pereira Silva, Idessania Nazareth da Costa, Eloisa Amalia Vieira Ferro

Resumo


Toxoplasma gondii é um parasito intracelular obrigatório capaz de infectar vários animais e causar doença oportunista em humanos. É responsável pela toxoplasmose que tem conseqüências graves em indivíduos imunocomprometidos e em casos de transmissão congênita. Existem medicamentos que buscam evitar a passagem transplacentária da infecção, contudo nenhuma droga atual é totalmente eficaz. Artemísia annua L. é uma erva que têm como principal composto a artemisinina, a qual possui atividades antibacterianas e antiinflamatórias. Este composto têm sido utilizado em drogas anti-maláricas e estudos prévios mostraram sua eficácia contra o T. gondii. Desta forma, o presente trabalho objetivou verificar o efeito do tratamento com infusão de Artemisia annua L. em fêmeas de Calomys callosus gestantes, infectadas com T. gondii, analisando tecidos placentários e fetais. O total de 24 fêmeas foi subdividido em 4 grupos, de acordo com as variáveis: infectadas, não-infectadas, tratadas com PBS (controle) e tratadas com infusão de A. annua L.. No 1° dia de gestação, fêmeas receberam cistos da cepa ME-49 de T. gondii e a partir do 4° dia de gestação e inóculo, receberam via oral a infusão de A. annua L.. As fêmeas foram sacrificadas do 15° ao 20° dias de gestação e tecidos placentários e fetais foram coletados para análise morfológica, imunohistoquímica e realização de bioensaio. O tratamento não evitou a passagem dos parasitos à placentas e embriões, contudo foi capaz de diminuir a carga parasitária nesses tecidos, quando comparado com tecidos placentários e fetais de fêmeas do grupo controle. Além disso, embriões apresentaram diminuição gradativa de parasitos de acordo com o tempo de tratamento. Assim, mesmo que a infusão de A. annua L. não tenha impedido a transmissão vertical do parasito, observou-se uma diminuição da carga parasitária em tecidos placentários e fetais submetidos a tal tratamento. Apoio: FAPEMIG, CAPES, CNPq e UFU.

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