ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA DA Mentha piperita L. NA FASE AGUDA DA ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA EXPERIMENTAL

Vitor Leão, Naiara Naiana Dejani, Carlos Alberto Soares, Lais Cristina de Souza, Joice Margareth de Almeida Rodolpho, Sandra Regina Pereira de Oliveira, Debora Meira Neris, Ricardo de Oliveira Correia, Paulo Cezar Vieira, Vanderlei Rodrigues, Luis Vitor do Sacramento Silva, Heloisa Sobreiro Selistre Araujo, Fernanda Freitas Anibal

Resumo


A esquistossomose, principalmente causada pelo helminto Schistosoma mansoni, uma doença parasitária debilitante de grande prevalência nas regiões tropicais e subtropicais do mundo, constitui um grave problema de ordem socioeconômica e de saúde pública, devido a sua alta morbidade e mortalidade. A formação do granuloma na esquistossomose é dependente de linfócitos Th CD4+ e requer recrutamento e acúmulo de células inflamatórias no sítio de deposição dos ovos. Dessa forma, tivemos como objetivo nesse estudo, avaliar os efeitos do tratamento com M. piperita L. no recrutamento de células inflamatórias para o pulmão (LBA) durante a infecção experimental com S. mansoni. Nesse estudo foram utilizados camundongos BALB/C, fêmeas pesando entre 18-20g, esses animais foram divididos em grupos controle (I), infectado (II) e infectado tratado (II). Os animais infectados/tratados ou não, receberam 50 cercárias/animal via subcutânea. Após 07 dias da infecção os animais foram eutanasiados e as células do lavado broncoalveolar foram analisadas (contagem global e diferencial). O grupo III recebeu doses diárias do extrato bruto da M. piperita L. através de gavagem (0,3 ml contendo 100 mg/kg/animal). O grupo I e o grupo II receberam apenas água filtrada 0,3 ml (gavagem), diariamente. Nossos resultados mostraram que o número de células no LBA aumentou significativamente nos animais infectados não tratados, quando comparados com os animais controles nas mesmas condições. Esse aumento foi observado no período analisado, 7 dias após a infecção. No entanto, os animais infectados que receberam tratamento com M. piperita L. apresentaram redução significativa principalmente no número de eosinófilos nesse compartimento. Assim, esses dados sugerem que a M. piperita L. apresenta atividade anti-inflamatória podendo modular a resposta imunológica interferindo na migração de células por vias ainda desconhecidas.

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