REFLEXÕES A PARTIR DA APLICAÇÃO DE MODELO PARA ANÁLISE QUANTITATIVA DOS RECURSOS HÍDRICOS SUPERFICIAIS NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE (ALTO E MÉDIO-ALTO VELHAS) – MG

Autores/as

  • Adriana Monteiro da Costa
  • Victor Cordeiro da Silva Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais
  • Bárbara Janine Reis Silva Araújo Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais
  • Maíse Soares de Moura Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.33947/1981-741X-v21n1-5014

Resumen

Avaliações das estimativas de disponibilidade hídrica quantitativas se relacionam às gestões territorial de bacias hidrográficas e dos recursos hídricos, e contribuem para o entendimento da segurança hídrica destes espaços, podendo, ainda, orientar práticas de conservação do solo e água, avaliações e monitoramentos quali-quantitativos. Por consequência, a partir de métodos desta estimação, é possível avaliar os aspectos das demandas hídricas e quais as suas dinâmicas, sobretudo, no território das bacias hidrográficas e de conjuntos de municípios. A Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), porção central de Minas Gerais, é composta por 34 municípios, contidos, majoritariamente, nas Circunscrições Hidrográficas das bacias dos rios das Velhas (SF5) e Paraopeba (SF3), pressionadas quanto às demandas múltiplas pelos recursos hídricos, incluindo a preponderância do abastecimento público, dos usos industriais e para a mineração. Este estudo objetivou estimar a demanda e disponibilidade hídricas no recorte da RMBH inserido na SF5, avaliando 21 municípios e 12 Unidades Territoriais Estratégicas do Comitê desta bacia. Promoveu discussão regional sobre a disponibilidade, a partir de dados dos usuários de água até novembro/2019. Os cálculos foram baseados no método da avaliação da demanda e disponibilidade hídrica proposto por Semad e Seapa (2016), tendo sido encontrados 9,86% dos trechos em estado de atenção, 57,34% em indisponibilidade, considerando somente os trechos com captação. Os resultados da aplicação deste modelo foram, posteriormente, avaliados à luz da comparação da evolução e distribuição espacial dos usos da terra (entre 1998-2018), em observância, sobretudo, à espacialidade dos trechos com captação, em relação ao crescimento urbano e usos preponderantes. No entanto, estes resultados se mostraram conservadores diante da perspectiva do uso da terra e do ano hidrológico que competiu ao modelo, sinalizando que a metodologia deveria ser, primordialmente, empregada conectada a outras análises. Diante do modelo e seus resultados, refletiu-se sobre a responsabilidade frente às respostas de aplicações como estas, vínculos à gestão das águas e sobre as potencialidades e limitações destas estimativas, quando empregadas, sobretudo no ambiente técnico-científico das Geociências.

Biografía del autor/a

Adriana Monteiro da Costa

Geógrafa, Doutora em Ciência do Solo

Victor Cordeiro da Silva, Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais

Graduando em Geografia; Mestrando em Geografia

Bárbara Janine Reis Silva Araújo, Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais

Graduando em Geografia; Mestrando em Geografia

Maíse Soares de Moura, Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais

Engenheira Agrônoma, Doutoranda em Geografia

Publicado

2023-06-07

Cómo citar

Costa, A. M. da, Silva, V. C. da, Araújo, B. J. R. S., & Moura, M. S. de. (2023). REFLEXÕES A PARTIR DA APLICAÇÃO DE MODELO PARA ANÁLISE QUANTITATIVA DOS RECURSOS HÍDRICOS SUPERFICIAIS NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE (ALTO E MÉDIO-ALTO VELHAS) – MG. Revista Geociências - UNG-Ser - ISSN 1981-741X (1981-7428), 21(1), 36–49. https://doi.org/10.33947/1981-741X-v21n1-5014

Número

Sección

Artigos