SOBRE A RECORRÊNCIA GEOHISTÓRICA DE DESASTRES AMBIENTAIS NO SUDESTE DO BRASIL: UMA PERSPECTIVA DE LONGA DURAÇÃO

Autores

  • Alex Ubiratan Goossens Peloggia Universidade Guarulhos
  • Any Marise Ortega Universidade Guarulhos

Resumo

O desastre geoambiental ocasionado pela ruptura de uma barragem de rejeitos de minério de ferro, em Mariana (MG), em 2015, se insere em uma sequência geohistórica de longa duração que remonta às atividades minerárias do Ciclo do Ouro na época colonial. Ao longo do século XIX e início do XX, o Ciclo do Café causou ampla eliminação da Mata Atlântica e a deflagração de intensos e extensivos fenômenos erosivos, configurando-se em novo desastre cujos registros sedimentares são descritos desde o Vale do Paraíba (RJ/SP) até o Planalto Ocidental Paulista. Já no século XX, o binômio formado pela industrialização e urbanização acelerada promove novos desastres, como o da Serra de Paranapiacaba (SP) em 1985, decorrente da degradação da cobertura florestal das encostas em função da poluição química. A recorrência desses fenômenos mostra uma essência comum: a conjugação de uma situação particular do meio físico (relevos movimentados, notadamente em terrenos cristalinos florestados) com formas predatórias de apropriação do território por atividades econômicas não sustentáveis ambientalmente.

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Como Citar

Peloggia, A. U. G., & Ortega, A. M. (2016). SOBRE A RECORRÊNCIA GEOHISTÓRICA DE DESASTRES AMBIENTAIS NO SUDESTE DO BRASIL: UMA PERSPECTIVA DE LONGA DURAÇÃO. Revista Geociências - UNG-Ser - ISSN 1981-741X (1981-7428), 15(2), 61–74. Recuperado de https://revistas.ung.br/index.php/geociencias/article/view/2432

Edição

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Artigos