IMPORTÂNCIA DO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO ENFERMEIRO-PACIENTE: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Resumo

Introdução: Na relação interpessoal entre enfermeiro e paciente, é inegável a importância presente na comunicação entre estes dois elementos, e seu impacto na qualidade da assistência oferecida. Muitas vezes, o profissional de enfermagem limita-se a emitir informações rasas a respeito da conduta terapêutica, mas sem orientar para a necessidade do procedimento, e sem captar o medo ocasionado por estas situações, frequentemente presente, no paciente. O processo de comunicação, não está presente apenas na fala, mas também nos gestos, nas expressões faciais e na entonação das palavras ditas. Objetivo: Reconhecer e melhorar a interação no processo comunicativo entre paciente e enfermeiro. Metodologia: Revisão integrativa da literatura norteada pela questão condutora: “Qual a importância da comunicação e como interfere no processo do cuidar?”. A pesquisa foi realizada nas bases de dados MEDLINE, LILACS, BDENF e SciELO. Para a busca dos artigos foram utilizados os seguintes descritores do DECS de forma integrada, com o operador boleano AND: Comunicação, Enfermagem, Paciente. Os critérios de inclusão foram artigos disponíveis publicados entre 2012 a 2017 nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola, que responderam a pergunta condutora deste estudo. O resultado final consistiu em 08 artigos e para discussão foram elencadas categorias temáticas, quais sejam: dificuldades de comunicação; importância do diálogo; melhora da qualidade da assistência. Resultados e Discussão: Observou-se que 100% dos artigos concordam com o fato de que a boa comunicação entre o profissional enfermeiro e o cliente sob seus cuidados é indispensável para melhor qualidade da assistência. 25% dos artigos ressaltam a importância da auto avaliação do enfermeiro referente a suas habilidades de diálogo. 12,5% dos artigos salienta a omissão de dados na comunicação como fator prejudicial a assistência. Identificou-se que, nos artigos estudados, afirma-se a ideia de que a comunicação é essencial para um bom relacionamento enfermeiro-paciente, fazendo com que o cliente fique mais à vontade em falar o que incomoda, e entender determinadas situações e objetivos de possíveis procedimentos e tratamentos terapêuticos, uma vez que, compreendendo sua situação e estabelecendo um vínculo comunicativo aceitável com o profissional de enfermagem, o paciente torna-se um agente de saúde, desenvolvendo o autocuidado. Conclusão: A qualidade do processo comunicativo é indispensável para eficiência do processo assistencial, seja para que o enfermeiro possa ser compreendido pelo paciente, observando sua cultura e seu meio social, para que assim adeque sua linguagem e gesticulação garantindo que o diálogo venha a ser entendido, ou até mesmo em cuidados paliativos, onde a empatia deve ser sentida pelo cliente e seus familiares não só pelas palavras de conforto que serão ditas, mas na tonalidade da voz e as expressões faciais que demonstraram suas emoções, estabelecendo um vínculo sólido e confiável.