MASTOCITOMA CANINO: REVISÃO DE LITERATURA

Autores

  • Ellen Fernanda Santos Sousa Faculdade Anclivepa
  • Stephany Nascimento Oliveira
  • Lucas Rosan Furquim
  • Ana Carolina Agra Machado
  • Marcos Vinicius Mendes Silva
  • Jessica Borghesi

Palavras-chave:

Palavras-chave, cão, prevalência, tumor

Resumo

XVII JORNADA DA INICIAÇÃO CIENTÍFICA e 1º FÓRUM DE MEDICINA VETERINÁRIA DA UNG REVISÃO DE LITERATURA: MASTOCITOMA CANINO Ellen Fernanda Santos Sousa¹,Stephany Nascimento Oliveira ¹,Lucas Rosan Furquim¹,Ana Carolina Agra Machado¹,Marcos Vinicius Mendes Silva²,Jessica Borghesi² Palavras-chave:cão; prevalência;tumor Introdução Mastócitos são células encontradas por todo o corpo, majoritariamente em órgãos de contato com o ambiente. São derivadas de células CD34, progenitoras da medula óssea, onde sãomorfologicamente indiferenciadas e se diferenciam apenas quando acessam o tecido da mucosa ou tecido conjuntivo. As células mastocitárias possuem grânulos citoplasmáticos que contém mediadores inflamatórios como histamina e heparina, sendo importantes em reações inflamatórias, imunológicas e alérgicas 1. A proliferação descontrolada das células mastocitárias gera o mastocitomaqueé uma neoplasia comum em cães, representado por cerca de 11-27% de todas as neoplasias malignas cutâneas sendo caracterizado pela proliferação anormal de mastócitos podendo ser de origem cutânea ou visceral .É prevalente em raças como Boxer, Pug, Boston terrier, Golden e SRD, assim como a faixa etária de aproximadamente 8 anos de idade, são mais suscetíveis a desenvolverem essa neoplasia 2. A maioria dos mastocitomas caninos ocorrem na derme sob a forma de nodulações múltiplas ou solitários tendo uma coloração avermelhada. A análise citológica é importante para avaliar a malignidade da neoplasia identificando as grandes células monocíticas e estabelecer o diagnóstico enquanto a análise histológica permite ter informações quanto ao grau e consequentemente prognósticos e tratamento 2. Desenvolvimento O mastocitoma é uma neoplasia comum em cães sendo representados por cerca de 7-21% dos casos de neoplasia maligna cutânea. É recorrente em raças como Boxer, Pug, BostonTerrier, Bulldogs, porém, raças como Labrador Retriever, Pastor Alemão também são suscetíveis. A maior incidência é em animais entre 7 a 9 anos de idade não conferindo relação ao sexo 3. São tumores relativamente pequenos, bastante circunscritos e firmes, no entanto em alguns casos, podem ser macios e bastante confundidos com outros tumores ou ser grandes e envolver outros órgãos.São de origem cutânea ou visceral, sendo esta última quase sempre derivada de um tumor cutâneo primário pouco diferenciado, denominada como metástase. O mastocitoma pode apresentar sob a forma denódulos solitário ou múltiplos. É uma neoplasia comumente nas regiões do tronco, cabeça e pescoço, mas pode afetar os membros pélvicos, períneo, escroto, glândula salivar, trato gastrointestinal, e cavidade oral e nasal 4. A palpação dos nódulos ocasiona a degranulação, liberando histamina resultando na vasodilatação local, edema e eritema (sinal de Darier). As úlceras gastrointestinais decorrentes do estímulo da secreção gástricas causada por liberação excessiva de histamina, levam à anorexia, vômito, fezes pastosas, anemia e dores abdominais 5. O diagnóstico inicialmente é feito pela análise citológica, com posterior confirmação através dohistopatológico. O primeiro pode ser feito por aspiração com agulha fina realizada antes de intervenção cirúrgica. Esse método informa características morfológicas do tumor. Enquanto a avaliação histológica permite definir o grau da neoplasia e consequentemente o prognóstico e tratamento. É definido grau I para região da derme, com células bem diferenciadas e geralmente são benignos. Grau II para células com diferenciação intermediaria e grau III para células pouco diferenciadas e anaplásicas. Este possui comportamento bem agressivo5. A ponto de evitar discordâncias entre patologistas e ampliar o acerto prognóstico mediante a avaliação histológica, Kiupelet al. (2011) encadeou um novo sistema de classificação em dois grupos histológicos para os mastocitomas: o alto grau e baixo grau6. Além desses métodos de diagnósticos, também são usados marcadores imuno-histoquímicoscomoc-KIT (CD117), que identifica a atividade metabólica.O c-KIT é um gene que codifica o KIT do receptor de tirosina quinase, responsáveis pelo desenvolvimento metabólico de alguns mastocitomas cutâneo canino. As mutações nesse gene,ocorre pela duplicação em tandem internas nos éxons 11 e 12, apresentando alteração no domínio da justa-membrana. Essa duplicação resulta na ativação do KIT, levando à proliferação, desenvolvimento e invasão iniciado pelas cascatas de sinalização. Os tumores de alto grau, tem uma relação importante e significativa com essas mutações7. Considerações Finais O mastocitoma cutâneo canino é uma neoplasia bem recorrente em cães, causada pela proliferação anormal das células mastocitárias. Com tumores relativamente irregulares que podem envolver os órgãos,podendoser distribuídos em nódulos solitários e múltiplos. Atualmente são diagnosticados por via citológica e histológica,mas há técnicas comoimuno-histoquimicos, importantes para oprognostico, como por exemplo o c-kit, gene que identifica a atividade metabólica, já que tem uma relação significativa com as mutações causadas pelo mesmo. Referências 1. Samanta R M. Fatores patogênicos em mastocitomacanino:Correlação entre parâmetro clinico,histolóigicos,marcadores de proliferação e analises termográfica,2013 p16-20. 2. Heloisa E P;Danieli B M;Paula C B;Anne S A; Luciele VTeixeira;Sônia T A Lopes. Mastocitoma cutâneo canino –Revisão,2009 p 525-526. 3. NelsonRW; CoutoC G. Medicina interna de pequenos animais. Elsevier Editora, Amsterdan, 2015. 4. PalmaHE; MartinsD B; Basso P C; AmaralA S D., Teixeira L. V; Lopes S. T. D. A.Mastocitoma cutâneo canino: revisão. Medvep - Revista científica de medicina veterinária - pequenos animais e animais de estimação, v. 7, 2009, p.523-528. 5. Vanessa de Sousa Cruz Pimenta. Avaliação histoquímica e da expressão das proteínas p53 e c-kit em mastocitomas caninos. Dissertação – Mestrado UFG, 2012, p5. 6. Kiupel M.et al.Proposalof a 2-Tier histologicgrading system for caninecutaneousmastcelltumorsto more accuratelypredictbiologicalbehavior. VeterinaryPathology, , v. 48, 2011, p.147-155. 7. Thompson J J;Yager J A;Best S J; Pearl D I;Coomber B I; Torres B N;KiupelM;Foster R A.CanineSubcutaneousMastcelltumors: cellularproliferationand kit expression as prognosticíndices.VeterinaryPathology, v.48, 2010,p.169-18.

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Publicado

2020-02-17

Como Citar

Sousa, E. F. S., Oliveira, S. N., Furquim, L. R., Machado, A. C. A., Silva, M. V. M., & Borghesi, J. (2020). MASTOCITOMA CANINO: REVISÃO DE LITERATURA. Revista Saúde - UNG-Ser - ISSN 1982-3282, 13(2 ESP), 90–91. Recuperado de https://revistas.ung.br/index.php/saude/article/view/4022

Edição

Seção

1º FÓRUM DE MEDICINA VETERINÁRIA DA UNG