MIASTENIA GRAVIS EM CÃO – RELATO DE CASO

Autores

  • Bruna Morelli Santos Universidade Guarulhos
  • Jaqueline Augusto Barbosa
  • Renato Dalcin Segala

Palavras-chave:

Miastenia gravis, megaesôfago, neostigmina, brometo de piridostigmina

Resumo

Introdução: A miastenia gravis é uma doença da junção neuromuscular pouco relatada em cães, na qual são produzidos anticorpos contra receptores de acetilcolina na membrana pós-sináptica da junção neuromuscular, que resultam em alterações morfológicas ou fisiológicas em sua estrutura. Os sinais clínicos incluem fraqueza muscular, principalmente em membros pélvicos após exercício físico e dificuldade de deglutição devido a paralisia levando ao megaesôfago. O diagnóstico laboratorial é feito por meio da dosagem de anticorpos contra a acetilcolina ou diagnóstico terapêutico com resposta positiva a administração de anticolinesterásico como o brometo de neostigmina. Objetivo: Relatar um caso de miastenia gravis na Clínica Escola de Medicina Veterinária da UnG. Materiais e métodos: Foi atendido um cão da raça border collie de um ano de idade com queixa de dor e dificuldade de locomoção que ao se exercitar perdia força nos membros pélvicos e após minutos em repouso voltava a se locomover normalmente, em seguida apresentava novamente os sintomas. A suspeita do diagnóstico de miastenia gravis se deu pela presença de um megaesôfago encontrado no exame de radiografia de coluna cervical e torácica, confirmada no diagnóstico terapêutico com aplicação de brometo de neostigmina, onde o animal em crise miastênica, obteve melhora em poucos minutos. Com isso, foi instituído terapia medicamentosa via oral com droga anticolinesterásica de ação prolongada, com o brometo de piridostigmina, e o paciente após um ano desde o diagnóstico não apresentou mais crises. Conclusão: A eficiência no tratamento da miastenia gravis em cães depende da capacitação do médico veterinário em associar os sintomas com a suspeita clínica, e da participação ativa do tutor, que deve ser orientado para realizar as condutas terapêuticas necessárias, principalmente se o animal apresentar o megaesôfago associado a essa enfermidade, a fim de amenizar os efeitos causados pela doença.

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Publicado

2020-02-17

Como Citar

Santos, B. M., Barbosa, J. A., & Segala, R. D. (2020). MIASTENIA GRAVIS EM CÃO – RELATO DE CASO. Revista Saúde - UNG-Ser - ISSN 1982-3282, 13(2 ESP), 94. Recuperado de https://revistas.ung.br/index.php/saude/article/view/4084

Edição

Seção

1º FÓRUM DE MEDICINA VETERINÁRIA DA UNG