CINÉTICA DE DETECÇÃO DE COPROANTÍGENOS DE STRONGYLOIDES VENEZUELENSIS EM RATOS IMUNOSSUPRIMIDOS E EXPERIMENTALMENTE INFECTADOS

Autores

  • Ana Lucia R. Gonçalves
  • Claudio V. Silva
  • Marlene T. Ueta
  • Julia M. Costa-Cruz

Resumo

A detecção de coproantígenos possibilita o diagnóstico precoce de certeza de uma parasitose, fato importante nos casos assintomáticos e de imunossupressão na estrongiloidíase. No estudo desta parasitose humana bem como para a biologia de seu agente causador, tem sido utilizado o parasito da espécie Strongyloides venezuelensis e como modelo experimental seus hospedeiros roedores. Este estudo teve por objetivo padronizar novo teste para diagnóstico da estrongiloidíase. Foi realizado ELISA para detectar coproantígeno em amostras fecais de ratos não-imunossuprimidos (grupo 1; n=6) ou imunossuprimidos (grupo 2; n=6) e infectados por S. venezuelensis usando anticorpo policlonal anti-L3 de S. venezuelensis produzido em coelhos. Como controle foram utilizados ratos selvagens não infectados (n=6). Foi analisada a cinética de eliminação de ovos/g de fezes e a sensibilidade do anticorpo produzido em coelhos em detectar antígenos larvais (L3) nas amostras fecais dos ratos. Para os cálculos estatísticos foi utilizado o software GRAPHPAD PRISM versão 4.0 para análise paramétrica ou não paramétrica quando apropriada. Os resultados mostraram que os ovos começaram a ser liberados no dia 5 pós infecção (p.i). No dia 8 p.i, o aumento na eliminação de ovos em ambos grupos foi estatisticamente significante (p<0,01), sendo que os animais do grupo 2 eliminaram mais ovos/g de fezes. A reatividade do anticorpo produzido em coelhos mostrou ser eficiente para detectar até 0,09 &#956;g/mL de antígenos de L3 nas amostras fecais dos ratos dos grupos 1 e 2. O sobrenadante fecal de todas as amostras na diluição otimizada de 1:8, mostrou que a detecção do antígeno no grupo 1 não teve diferença estatística ao ser comparada ao grupo 2. A eficiência de reconhecimento antigênico no grupo 2 foi antecipada para o dia 8 p.i. Assim, a sensibilidade de detecção de coproantígeno de S. venezuelensis mostrou-se uma ferramenta de acurácia no diagnóstico da estrongiloidíase. Apoio: FAPEMIG, CNPq e CAPES.

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Como Citar

Gonçalves, A. L. R., Silva, C. V., Ueta, M. T., & Costa-Cruz, J. M. (2010). CINÉTICA DE DETECÇÃO DE COPROANTÍGENOS DE STRONGYLOIDES VENEZUELENSIS EM RATOS IMUNOSSUPRIMIDOS E EXPERIMENTALMENTE INFECTADOS. Revista Saúde - UNG-Ser - ISSN 1982-3282, 4(1 Esp), 18. Recuperado de https://revistas.ung.br/index.php/saude/article/view/590

Edição

Seção

Orphaned