A IMUNODOMINANCIA DO ANTÍGENO SM-P40 É FATOR DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DA FORMA GRAVE DA ESQUISTOSSOMOSE MURINA EXPERIMENTAL.

Autores

  • Eduardo Finger
  • Alisson Trevisol
  • Thaissa Coimbra
  • Daniel Mauricio dos Santos

Resumo

Laboratório de Parasitologia do Depto. de Ciências Patológicas da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (ascklepius@gmail.com). Na esquistossomose murina experimental, a infecção das cepas CBA e C3H produz imunopatologia hepática severa enquanto a infecção das cepas C57BL/6 e Balb/c produz imunopatologia hepática leve. Esta imunopatologia por sua vez, é produto direto da modalidade de resposta T CD4 auxiliadora elicitada pelos antígenos dos ovos. A predominância de respostas tipo Th1 e Th17 correlacionam com o desenvolvimento da imunopatologia severa enquanto uma modulação para uma resposta do tipo Th2 produz imunopatologia leve. Para entender os fatores que determinam a polarização da resposta T CD4 auxiliadora para uma ou outra destas modalidades, analisamos a especificidade antigênica dos linfócitos T CD4 auxiliadores envolvidos na resposta contra ovos de S.mansoni e determinamos uma forte correlação entre a imunodominancia do epitopo 234-246 do antígeno Sm-p40 e o desenvolvimento da imunopatologia hepática severa. Para confirmar esta observação, analisamos a imunopatologia hepática da cepa SJL cujo haplótipo dos antígenos de histocompatibilidade (H-2s), apesar de diferente do haplótipo H-2k das cepas CBA e C3H, também está sujeito à imunodominancia do antígeno Sm-p40, e verificamos que esta cepa apresenta padrão de acometimento hepático similar ao verificado nas cepas CBA e C3H. Este achado reforça a hipótese de que a imunodominancia do antígeno Sm-p40 contribui significativamente para a polarização da resposta T CD4 auxiliadora para as modalidades Th1 e Th17 que por sua vez, resultam em dano severo ao fígado dos camundongos infectados.

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Como Citar

Finger, E., Trevisol, A., Coimbra, T., & Santos, D. M. dos. (2010). A IMUNODOMINANCIA DO ANTÍGENO SM-P40 É FATOR DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DA FORMA GRAVE DA ESQUISTOSSOMOSE MURINA EXPERIMENTAL. Revista Saúde - UNG-Ser - ISSN 1982-3282, 4(1 Esp), 20. Recuperado de https://revistas.ung.br/index.php/saude/article/view/592

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