EVENTOS ADVERSOS RELACIONADOS À VACINAS CULTIVADAS NA PROTEÍNA DO OVO.
Resumo
Introdução: No Brasil, as vacinas são utilizadas como medida de controle, erradicação e eliminação de doenças imunopreveníveis, estas são consideradas uma das principais intervenções em saúde pública no país. Eventos Adversos Pós-Vacinação (EAPV) é definido como qualquer ocorrência médica, como sintomas, doença ou alteração laboratorial, não possuindo necessariamente relação causal com a administração vacinal. Objetivo: Identificar e caracterizar os eventos adversos relacionados às vacinas cultivadas na proteína do ovo. Método: Trata-se de um estudo descritivo, transversal com abordagem quantitativa, realizado a partir da utilização de dados secundários do Programa Estadual de Imunização (PEI) do estado de Pernambuco, no período de 2009 a 2013. Resultados: A amostra foi constituída por 105 indivíduos que apresentaram eventos adversos pós-vacinação as vacinas de febre amarela, influenza e tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba). Com relação aos eventos adversos pós-vacina foi possível observar que a vacina influenza foi a que apresentou maior número de EAPV (n=74), seguido da vacina tríplice viral (n=29), o exantema generalizado (n=22) e dor, rubor e calor (n=15) foram os eventos mais comuns. É importante ressaltar que foram notificados 3 episódios de eventos neurológicos graves, sendo 1 pela vacina tríplice viral e 2 relacionados a influenza. É percebido que em 40 EAPV o esquema foi mantido, destes, 39 apresentaram cura sem sequelas e 1 evoluiu para cura com sequelas, mas mesmo assim o esquema se manteve e 43 dos EAPV não apresentaram condutas pós-vacinação, apenas 8 tiveram contraindicação com troca de esquema. Discussão: Estudos mostram que as reações locais são as mais presentes, encontradas em quase todas as vacinas, como, dor, rubor, calor, endurecimento, edema e eritema. Em indivíduos que possuam histórico de hipersensibilidade ao ovo de galinha ou a outros componentes da fórmula vacinal, deve ser encaminhado a um especialista e a indicação é que a vacinação seja realizada nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE), hospitais ou serviços de emergência. À medida que ocorre a diminuição das doenças imunopreviníveis a vacinação segura ganha maior destaque. Neste contexto, a vigilância epidemiológica dos EAPV é reconhecida como o principal instrumento de monitoramento da segurança desses imunobiológicos. Conclusão: Nesta perspectiva, torna-se de grande relevância que o profissional de enfermagem, estejam preparados para orientar e incentivar a vacinação e conduzir situações de intercorrência relacionadas a EAPV.
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Comentários sobre o artigo
por Joshua Banfield (16/04/2020)
por Shannan Cano (27/10/2020)