ANÁLISE DA INCIDÊNCIA E DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE SÍFILIS CONGÊNITA NO RECIFE-PE

Authors

  • Joanna Carla Xavier da Rocha
  • Gabriela Muniz Porto UNINASSAU
  • Marcelo Luiz Medeiros Soares
  • Aline Luzia Sampaio Guimarães

Abstract

Introdução: a sífilis congênita é uma doença evitável e de caráter infeccioso que acomete neonatos cujas mães desenvolveram sífilis no período gestacional e que não buscaram tratamento ou que tiveram seus quadros negligenciados. Ocorre entre a 16º e a 28º semana de gestação, acarretando diversos eventos, como o baixo peso, infecções congênitas, morte fetal e morte neonatal. Observa-se que gestantes com sífilis recente tem a maior taxa de transmissão, sendo 70 a 100%, já nos casos de sífilis tardia é de 30 a 40%. As infecções recentes não tratadas resultam 25% em aborto tardio ou óbito fetal, 11% em óbito neonatal, 13% em baixo peso ou parto prematuro e 20% com sinais clínicos de sífilis congênita. Objetivo: descrever a incidência e o perfil epidemiológico dos casos de sífilis congênita notificados em Recife-PE, no período de 2007 a 2013. Método: estudo epidemiológico, descritivo, com uma abordagem quantitativa, do tipo transversal. Cuja população são crianças de mães residentes na cidade do recife-PE, notificados com sífilis congênita. Os dados foram obtidos no SINAN através do DATASUS. Calculou-se a taxa de incidência de sífilis congênita, para cada ano-calendário, obtida através do número de casos notificados, dividindo pelo número de nascidos vivos e multiplicando por mil. Para análise dos dados utilizou-se o programa SPSS versão 15.0. Os casos ignorados foram excluídos da análise. Dispensou-se apreciação do Comitê de Ética, pois se trata de uma pesquisa com uso de dados secundários de domínio público e sem identificação dos sujeitos. Resultados: dos 156.676 nascidos vivos registrados, 1.661 foram notificados com sífilis congênita no período estudado. Verificou-se que em 2007 foram registrados 22.046 e em 2013 notabilizaram-se 23.176 nascidos vivos. Onde 265 foram notificados com sífilis congênita em 2007 e 188 foram notificados em 2013. Em 2007, observou-se uma taxa de incidência de 12,02 ao passo que em 2013, verificou-se uma incidência de 8,11. Dos 1.661 casos notificados, 1.348 foram nascidos vivos, 118 natimorto/aborto por sífilis e 78 óbitos pelo agravo notificado. Conclusão: Apesar da atenuação na incidência, a mesma ainda encontra-se elevada, resultando em um expressivo número de casos notificados, sendo a maioria composta por nascidos vivos. Diante das considerações tecidas, é adequado sugerir que a gestão da saúde implemente políticas públicas, tanto no aspecto da vigilância em saúde, como no aspecto assistencialista, com vistas a oferecer mais qualidade às ações de saúde e contribuir para o controle da sífilis congênita endêmica em Recife-PE.

Published

2017-09-12

How to Cite

Rocha, J. C. X. da, Porto, G. M., Soares, M. L. M., & Guimarães, A. L. S. (2017). ANÁLISE DA INCIDÊNCIA E DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE SÍFILIS CONGÊNITA NO RECIFE-PE. Revista Saúde - UNG-Ser, 10(1 ESP), 77. Retrieved from https://revistas.ung.br/index.php/saude/article/view/2666

Issue

Section

8° Congresso de Saúde- Universidade UNINASSAU- Recife