CORRELAÇÃO DO PADRÃO DE AUTOESTIMA E NÍVEIS DE ANSIEDADE EM GESTANTES INTERNADAS NO SETOR DE ALTO RISCO

Abstract

Introdução: Estudos mostram que dentre as alterações presentes no ciclo gravídico-puerperal os de ordem psicológica merecem notoriedade pelo fato de que se torna em muitos casos determinantes de uma boa evolução na gestação. A gestação abrange um determinado estado enfático de autoestima e ansiedade específica, como também a vulnerabilidade física, e a emocional. O corpo da mulher sofre diversas modificações fisiológicas e anatômicas que ocorrem durante todo o ciclo gravídico e que afeta sua autoestima favorecendo a ansiedade devido à chegada do bebê. Objetivo: Correlacionar o padrão de autoestima e níveis de ansiedade em gestantes internadas no setor de alto risco Método: Estudo transversal com instrumento de abordagem quantitativa do tipo descritivo dos dados realizado no Hospital Agamenon Magalhães (HAM) em Recife/PE no período de abril a junho de 2016. A mostra foi composta por 112 gestantes internadas no setor de alto risco do HAM. Foram incluídas mulheres gestantes maiores de 18 anos, atendidas nos serviços de atendimento de alto risco na Maternidade do HAM; e excluídas: puérperas, gestantes portadoras de algum transtorno mental prévio e/ou com deficiência auditiva que não saiba ler. A coleta de dados procedeu-se da aplicação da Escala de Autoestima de Rosenberg (EAR) que avaliar o nível de autoestima; Inventário de ansiedade de Beck (IAB) que consiste em uma escala de auto relato proposto por Beck para discernir os sintomas comuns de ansiedade; e por fim questionário do tipo checklist de Levantamento dos Dados Sociodemográfico e Obstétrico (QLDSO) para análise de fatores biopsicossociais, elaborado pelos pesquisadores deste estudo. Os dados foram analisados descritivamente e inferencialmente. A análise descritiva foi através de frequências absolutas e percentuais para as variáveis categóricas e as medidas: média, desvio padrão e mediana para os escores das escalas de autoestima e ansiedade. A análise inferencial foi através do teste Qui-quadrado de Pearson ou o teste Exato de Fisher quando a condição para utilização do teste Qui-quadrado não foi verificada. A margem de erro utilizada na decisão dos testes estatísticos foi de 5,0%. O programa utilizado para digitação dos dados e a elaboração dos cálculos estatísticos foi o SPSS versão 23.0. Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) do HAM sob o n.º do CAAE: 53579916.2.0000.5197. Resultados e Discussão: Foi possível verificar que não houve associação significativa (p > 0,05) entre as escalas de padrão de autoestima e níveis de ansiedade, para a margem de erro fixada (5%). Conclusão: A correlação das escalas aplicadas auxilia na compreensão da incidência dos níveis de ansiedade e suas implicações na autoestima das mulheres. Entretanto, gestantes com menor autoestima apresentavam maior probabilidade de transtornos mentais, porém, os estudos que abordam esta temática ainda são escassos.