INFECÇÕES POR BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES EM HOSPITAIS BRASILEIROS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Abstract

Introdução: A infecção hospitalar é adquirida durante a internação ou após a alta do paciente, estando relacionada aos procedimentos hospitalares. A disseminação da multirresistência pode ser ocasionada por vários fatores, como a má adesão das medidas para o controle destes microrganismos, o uso indiscriminado dos antimicrobianos, assim como a pressão de colonização bacteriana. Objetivo: Analisar o perfil das infecções por bactérias multirresistentes em hospitais brasileiros. Método: Este trabalho trata-se de umarevisão integrativa de literatura. A pesquisa literária ocorreu nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), durante o mês de setembro de 2017, utilizando os seguintes descritores: Infecções hospitalares, bactérias multirresistentes e prevenção de infecções. Foram incluídos trabalhos publicados nos últimos 5 anos, em português e com texto completo disponível e gratuito. Foram excluídos teses, dissertações, editoriais e trabalhos que não versavam sobre a temática. Resultados e Discussão: Foram encontrados 124 trabalhos e após a leitura dos resumos foram selecionados 24, que melhor atendiam ao objetivo da pesquisa. A partir da análise integral dos mesmos foi possível depreender algumas informações, das quais podemos citar alguns pontos relevantes: O panorama da resistência bacteriana é preocupante, visto que é crescente o surgimento de novas cepas de bactérias multirresistentes, principalmente devido ao uso desnecessário de antimicrobianos (25% a 50% dos casos). Pacientes hospitalizados, submetidos a procedimentos invasivos, imunodeprimidos e em extremos de idade estão mais propensos a adquirirem algum tipo de infecção hospitalar. Dentre as bactérias gram-positivas e gram-negativas causadoras de infecções, podem ser citadas algumas, como por exemplo: Escherichia coli, Pseudomonas sp., Klebsiella sp., Enterobacter sp., Staphylococcus aureus e Streptococcus sp, que se mostraram resistentes à carbapenêmicos, meticilina, vancomicina, dentre outros antimicrobianos. Conclusão: O estudo da microbiota hospitalar e do perfil das infecções presentes nesse ambiente indica que a quantidade de bactérias multirressistentes cresce cada vez mais, e o número de medicamentos eficazes para combatê-las diminui proporcionalmente a esse aumento, o que reforça a necessidade de utilização de estratégias voltadas para a redução da ocorrência dessas infecções.