PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS PESSOAS VIVENDO COM HIV E A EVOLUÇÃO PARA AIDS EM UM HOSPITAL DE PERNAMBUCO

Authors

  • Manuela de Aguiar Santos Ribeiro
  • Anderson Izidio da Silva Centro Universitário Mauricio de Nassau - UNINASSAU

Abstract

Introdução: Mediante a tantas medidas de saúde pública de promoção e prevenção da Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), ainda assim a disseminação do HIV e da Aids permanecem no País e pelo mundo, decorrente da manutenção de comportamentos que levam à exposição ao HIV, como a atividade sexual, consentida ou com violência, sem o uso de preservativo ou falha no uso, e ainda acidente de trabalho com exposição à material biológico. A Infecção pelo HIV, enfraquece o sistema imunológico pois ataca os linfócitos TCD4+ que são células de defesa do organismo humano levando a manifestação da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids). Conhecer o quanto antes a soropositividade para o HIV, aumenta a expectativa de vida de Pessoas Vivendo com HIV (PVHIV), possibilitando o início precoce da terapia antirretroviral (TARV) visando suprimir a carga viral, portanto o uso da TARV torna-se imprescindível para a não evolução para Aids. A Infecção pelo HIV e a Aids são de notificação compulsória semanal conforme as Portarias do Ministério da Saúde nº 204, de 17/02/2016 e da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco nº 390, de 14/09/2016, e fazem parte da rotina da Vigilância Epidemiológica Hospitalar da instituição da pesquisa. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico das PVHIV e o tempo de evolução para a Aids em um hospital de referência para doenças Infectocontagiosas em Pernambuco. Método: Trata-se de uma pesquisa aplicada, com abordagem quantitativa de caráter descritivo e retrospectivo. Os dados foram obtidos pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação e pelo aplicativo TabWin do local da pesquisa. Tabelas e gráficos foram realizados no Programa Excel 2010. Foram analisadas as variáveis: gênero, raça/cor autodeclarada, idade, município de residência e o tempo de evolução para Aids. As variáveis escolaridade, ocupação e categoria de exposição foram excluídas por terem mais de 15% de ignorado/branco. Resultados e Discussão: No período de 01/01/2105 a 31/12/2015 foram notificados 527 casos de PVHIV, dos quais cerca de 79% eram homens, 60% da raça/cor autodeclarada negra, 57,8% da faixa etária de 20 a 34 anos, portanto adultos jovens, que nessa fase da vida têm que escolher sua profissão, comportamentos e parceria sexual. O município de residência mais frequente foi o Recife (58,9%) e os demais casos distribuídos em 46 municípios do Estado. A evolução para Aids ocorreu em 28 casos (5,3%); o critério para notificação mais frequente foi o CDC adaptado (82,1%) e o tempo de evolução variou de 1 a 287 dias com mediana de 70 dias. Conclusão: Aconselha-se que as medidas de promoção e prevenção do HIV sejam voltadas principalmente para as populações- chave, e implementadas tanto para o fortalecimento dos sistemas de saúde como nas ações de educação e aconselhamento em saúde, visando garantir escolhas informadas sobre o comportamento sexual, desafios para a mudança de comportamento e superar barreiras à prevenção e à adesão ao tratamento do HIV.

Published

2018-03-13

How to Cite

de Aguiar Santos Ribeiro, M., & da Silva, A. I. (2018). PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS PESSOAS VIVENDO COM HIV E A EVOLUÇÃO PARA AIDS EM UM HOSPITAL DE PERNAMBUCO. Revista Saúde - UNG-Ser, 11(1 ESP), 69. Retrieved from https://revistas.ung.br/index.php/saude/article/view/3164

Issue

Section

9° CONGRESSO NACIONAL DE ENFERMAGEM 2017 - UNIVERSIDADE UNINASSAU- RECIFE