PREVALÊNCIA DE QUEIXAS ÁLGICAS EM PRATICANTES DE SURFE

Abstract

Introdução: o surfe é uma das práticas esportivas que mais evoluiu na última década, possuindo atualmente um expressivo número de praticantes em todo o mundo, além de estar garantido como uma das modalidades do programa olímpico nos Jogos de Tóquio em 2020. O Brasil é considerado atualmente como potência mundial do esporte, com títulos mundiais em suas diversas categorias, entre os quais figuram os títulos mundiais profissional da primeira divisão nos anos de 2014 e 2015. Objetivo: identificar a prevalência de queixas álgicas na região da coluna lombar e suas possíveis correlações com o gestual esportivo do surfe em praticantes recreativos. Método: trata-se de um estudo descritivo com delineamento transversal, com 30 sujeitos. Idade média de 29,14 anos (± 12 anos); tempo de prática de 15,5 anos (± 8 anos). Os dados foram coletados a partir da aplicação de questionário para levantamento dos sintomas de álgicos a partir de dados subjetivos relacionados com o tempo de prática da modalidade, aquecimentos antes da atividade, e local da dor. Resultado: do total de sujeitos investigados 33,3% declararam sentir dores imediatamente durante a prática do surfe, 10% afirmaram sentir dores horas após a prática, e 56,7% afirmaram não sentir dores em momento nenhum. Das regiões de localização das dores, 13,3% dos sujeitos declararam sentir dores na coluna cervical; 56,3% afirmaram sentir dores região da coluna lombar; 23,3% no ombro; 6,7% no joelho. 80% dos sujeitos declararam realizar aquecimento antes da prática, 20% afirmaram não realizar aquecimento. Conclusão: conclui-se que as dores na região da coluna lombar são as que possuem maior incidência nos atletas de surfe, seguidas das dores na região cervical, e que a maioria das lesões dos praticantes de surfe acontece por excesso de uso dos tecidos músculos-esqueléticos e podem estar relacionadas a não realização de aquecimentos antes da pratica.