ESTUDO RETROSPECTIVO DAS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES LABORATORIAIS E ACHADOS ULTRASSONOGRÁFICOS DOS CASOS DE HIPERADRENOCORTICISMO EM CÃES ATENDIDOS NA CLÍNICA ESCOLA VETERINÁRIA DA UNIVERSIDADE DE GUARULHOS (2011-2014)

Autores/as

  • Anna Cláudia Brumati
  • Maria Carolina Gonçalves Pita

Palabras clave:

Hiperfunção Adrenocortical, Patologia Clínica, Diagnóstico por imagem.

Resumen

O Hiperadrenocorticismo em cães, também conhecido como Síndrome de Cushing, é uma endocrinopatia que apresenta manifestações clínicas e bioquímicas decorrentes do excesso glicocorticoides circulantes. Esta afecção pode ser secundária ao desenvolvimento de um tumor hipofisário, adrenocorticial, ou ainda, de origem iatrogênica. A patogenia relacionada a um tumor na glândula pituitária é responsável por, aproximadamente, 80% a 85% dos casos, e essa situação ocorre devido à excessiva secreção do hormônio adrenocorticotrópico (ACTH) proveniente de microadenomas, macroadenomas, por hiperplasia corticotrófica da hipófise ou ainda de adenocarcinomas. Tais eventos resultam em hiperplasia adrenocortical bilateral provocando a liberação excessiva de cortisol. O efeito de feedback do eixo hipotalâmico-hipofisário-adrenal é anulado e os níveis de ACTH e cortisol ficam elevados. Essa exposição crônica aos glicocorticoides caracteriza a enfermidade. Os principais sinais clínicos nos cães com hiperadrenocorticismo são poliúria, polifagia, polidipsia, ofegos, abdômen distendido, alopecia endócrina, fraqueza muscular leve e letargia. O diagnóstico é realizado a partir das manifestações clínicas, exames laboratoriais, exame de imagem das glândulas adrenais, sendo confirmado por meio de exames de dosagem hormonal. As alterações laboratoriais mais comumente causadas pela enfermidade são leucocitose por neutrofilia, eosinopenia, linfopenia eritrocitose discreta, aumento da atividade da fosfatase alcalina e da alanina aminotransferase, hipercolesterolemia, lipemia e hiperglicemia. Para as anormalidades identificadas no exame ultrassonográfico há adrenomegalia bilateral, massa adrenal, hepatomegalia, fígado hiperecogênico e distensão da vesícula urinária. A doença é de difícil diagnóstico, tratamento pouco eficaz e o prognóstico é ruim. Sabendo que o hiperadrenocorticismo é uma das endocrinopatias mais frequentes na rotina clínica, o presente estudo tem por objetivo fazer uma análise retrospectiva das principais alterações laboratoriais e ultrassonográficas encontradas nos animais atendidos na Clínica Escola Veterinária da Universidade Guarulhos do período de Janeiro de 2011 a Janeiro de 2014. Para isso se faz necessário análise das fichas clínicas dos pacientes bem como o resultado de seus exames complementares realizados pelo departamento de patologia clínica e de diagnóstico por imagem do Hospital Veterinário de Pequenos Animais da Universidade de Guarulhos.

Publicado

2016-04-27

Cómo citar

Brumati, A. C., & Pita, M. C. G. (2016). ESTUDO RETROSPECTIVO DAS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES LABORATORIAIS E ACHADOS ULTRASSONOGRÁFICOS DOS CASOS DE HIPERADRENOCORTICISMO EM CÃES ATENDIDOS NA CLÍNICA ESCOLA VETERINÁRIA DA UNIVERSIDADE DE GUARULHOS (2011-2014). Revista Saúde - UNG-Ser, 9(1 ESP), 14. Recuperado a partir de https://revistas.ung.br/index.php/saude/article/view/2195

Número

Sección

RESUMOS JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA CNPq E UNG