VIGILÂNCIA DA ESQUISTOSSOMOSE EM MUNICÍPIO DE BAIXA ENDEMICIDADE NO MARANHÃO

Autores/as

  • Simone Macedo
  • Iramar Borba de Carvalho Universidade Federal do Maranhão
  • Clícia Rosane França Nino
  • Renato Juvino de Aragão Mendes
  • Renato Mendes Miranda
  • Ivone Garros Rosa

Resumen

Introdução: A esquistossomose mansônica é uma doença parasitária que representa um dos graves problemas de saúde pública no Brasil, especialmente no Nordeste. A sua transmissão ocorre geralmente em áreas de precárias condições de saneamento básico e com a presença de caramujos do gênero Biomphalaria, que são hospedeiros intermediários da doença. No estado do Maranhão a endemia compreende 48 dos 217 municípios existentes, incluindo São Luís. Objetivo: Diante da complexa dinâmica de transmissão da doença, o estudo objetivou verificar os aspectos epidemiológicos do Programa de Controle da Esquistossomose (PCE) no município de São Luís. Método: Foi realizado um estudo observacional de série temporal (2000-2012), tendo os dados coletados do Sistema de Informação em Saúde do Programa de Controle da Esquistossomose (SISPCE), em São Luís e tabulados em planilha eletrônica. Esta pesquisa faz parte do Projeto “Avaliação do Programa de Controle de Esquistossomose no município de São Luís”, da Universidade Federal do Maranhão, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa – CEP, da Secretaria Municipal de Saúde de São Luís–MA, Parecer de nº 2014.01.04.02-03. No período estudado notificou-se 2501 casos. Resultados: O ano de 2001 foi o mais representativo em número de casos (3,56%, n= 181), seguido do ano de 2009 (2,82%, n=123). Quanto aos indivíduos tratados, verificou-se que o percentual médio de tratamento ao longo do período alcançou 97,06% dos infectados. Quanto à verificação da carga parasitária da população positiva, 80,9% das pessoas apresentou de 1 a 4 ovos por lâmina de fezes, que é considerada uma carga parasitária leve. Quanto aos caramujos transmissores coletados para análise de infecção, os anos que apresentaram maior percentual de positividade foram 2002, 2004 e 2010, com 14,8%, 6,27% e 3,97% respectivamente, corroborando que a prevalência da esquistossomose está intimamente associada às precárias condições socioambientais. Conclusão: O estudo mostrou que São Luís encontra-se em área de baixa endemicidade, entre indivíduos com baixa carga parasitária, no entanto no município persiste o risco de transmissão da doença devido à presença do caramujo Biomphalaria, condições sanitárias deficientes e pessoas infectadas.

Biografía del autor/a

Iramar Borba de Carvalho, Universidade Federal do Maranhão

Enfermeira, Mestre em Saúde e Ambiente, pela Universidade Federal do Maranhão, Nucleo de Imunologia Básica e Aplicada (NIBA)

Publicado

2017-09-12

Cómo citar

Macedo, S., Carvalho, I. B. de, França Nino, C. R., Mendes, R. J. de A., Miranda, R. M., & Rosa, I. G. (2017). VIGILÂNCIA DA ESQUISTOSSOMOSE EM MUNICÍPIO DE BAIXA ENDEMICIDADE NO MARANHÃO. Revista Saúde - UNG-Ser, 10(1 ESP), 55. Recuperado a partir de https://revistas.ung.br/index.php/saude/article/view/2645

Número

Sección

8° Congresso de Saúde- Universidade UNINASSAU- Recife