AVALIAÇÃO DO DÉFICIT DO AUTOCUIDADO EM INDIVÍDUOS PORTADORES DE HANSENÍASE BASEADO NA TEORIA DE DOROTHEA OREM

Autores/as

  • Marta Rodrigues de Arruda
  • Rafaela Almeida Silva
  • Felipe Mesquita da Silva
  • Bruna Silva Raphaela Faculdade Estácio do Recife
  • Alexsandra Alves da Silva
  • Yasmin Talita de Moraes Ramos
  • Paulo Lima

Resumen

Introdução: A Hanseníase é uma doença infecto-contagiosa, causada pelo Mycobacterium leprae que manifesta-se através de sinais e sintomas dermatológico e neurológico. Atualmente existe cura para a doença, mas é necessário que seja diagnosticada e tratada precocemente. A assistência de enfermagem prestada a esses indivíduos, através de medidas que incentive o autocuidado reflete o avanço da profissão enquanto ciência, que deixou de ser empírica e passou a preocupar-se com uma prática baseada em princípios científicos a fim de possibilitar uma assistência voltada para o atendimento das necessidades do indivíduo, família e comunidade. Objetivo: Avaliar o déficit do autocuidado em indivíduos portadores de hanseníase baseado na teoria de Orem. Método: Trata-se de um estudo do tipo descritivo de corte transversal com abordagem quantitativa, que foi realizado com 30 portadores de Hanseníase com déficits do autocuidado, no Hospital da Mirueira, cidade de Paulista/PE, no período de maio a julho de 2015, utilizando questionário semi-estruturado elaborado pelos autores conforme a Teoria de Dorothea Orem: Autocuidado Universal, Desenvolvimental e por Desvio de saúde, caracterizando as variantes do estudo. Resultados: Diante da avaliação do autocuidado por desvio de saúde, no que se refere à dose supervisionada do tratamento poliquimioterapico (PQT), 60% dos pacientes relataram tomar dose sob supervisão do profissional de saúde. Isso demonstra uma falha, por parte da equipe, visto que, 100% dos casos devem ser devidamente avaliados e supervisionados mensalmente ao iniciar nova cartela do tratamento PQT. Com relação ao autocuidado universal, referente ao convívio com a família, foi observado que 76,7% dos pacientes entrevistados tem boa relação com família, 23,3% tem algum distanciamento familiar, e 23, 63% mantém distância dos amigos. Esses indivíduos, mostraram déficit de autocuidado para atividades rotineiras, como alimentação, vestir-se e para higiene. Dentre os entrevistados, 56,7% apresentam déficit para prática de atividades físicas diárias. Com relação ao Auto Cuidado Desenvolvimental, no que se refere ao conhecimento sobre a doença, 17 (57,7%) dos entrevistados afirmaram conhecer a doença e 13 (43,3%) desconhecem, sendo observado que os entrevistados apresentam algum sentimento negativo relacionado a doença (60%). Conclusão: Percebeu-se que o déficit do autocuidado relaciona-se com a falta de conhecimento dos portadores. A enfermagem como profissão desempenha um papel de mediadora e provedora sobre as orientações e ensinamento do autocuidado, cabendo à necessidade de um bom relacionamento entre profissional e cliente, para estabelecer um trabalho eficaz, priorizando melhoria na qualidade de vida do portador.

Publicado

2017-09-12

Cómo citar

de Arruda, M. R., Silva, R. A., da Silva, F. M., Raphaela, B. S., da Silva, A. A., Ramos, Y. T. de M., & Lima, P. (2017). AVALIAÇÃO DO DÉFICIT DO AUTOCUIDADO EM INDIVÍDUOS PORTADORES DE HANSENÍASE BASEADO NA TEORIA DE DOROTHEA OREM. Revista Saúde - UNG-Ser, 10(1 ESP), 64. Recuperado a partir de https://revistas.ung.br/index.php/saude/article/view/2654

Número

Sección

8° Congresso de Saúde- Universidade UNINASSAU- Recife