FATORES COMPLICANTES DA EPISIOTOMIA E O PAPEL DA ENFERMAGEM FRENTE A ESTE PROCEDIMENTO

Autores/as

  • Joanna Carla Xavier Rocha UNINASSAU
  • Joyce Mirelle Anjos Lins da Silva
  • Julianne Rose da Costa Alubuquerque
  • Letícia Maria Soares
  • Marília Silva do Rêgo Guimarães
  • Nélida Klécia Silva de Souza

Resumen

RESUMO: Introdução: A episiotomia é um procedimento realizado em alguns casos durante a expulsão do feto, com a finalidade de proteção ao assoalho pélvico de possíveis lacerações que comprometam a integridade do aparelho genital, como também encurtar o período expulsivo. Foi por muitos anos uma prática médica adotada sem base em estudos clínicos. Esta prática está indicada em cerca de 10 a 15% dos partos, no entanto vem sendo realizada no Brasil em 90% dos partos. Permanece como o segundo procedimento cirúrgico mais comum em obstetrícia, realizado por obstetras e enfermeiros obstetras. Objetivo: Identificar as complicações advindas da episiotomia no parto normal e reconhecer o papel da enfermagem frente a este procedimento. Método: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica de caráter exploratório, com abrangência no período de 2012 à 2016. Foram exploradas as bases indexadoras eletrônicas da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), coleção: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SciELO), por meio das palavras-chave segundo a classificação dos Descritores de Ciências da Saúde (DeCS): “Episiotomia, saúde da mulher e parto normal” Resultados: Foram identificadas as seguintes complicações: aumento de hemorragia pós-parto, prolongamento do uso de sondas urinárias, dor no período puerperal, maior tempo de internamento, formação de hematomas, lacerações de 3º e 4º grau, infecção pós-natal, incontinência urinária e fecal, formação de fístulas, dispareunia e lesão do nervo pudendo. O enfermeiro tem o importante papel de avaliar todas as puérperas, em especial as submetidas à episiotomia, objetivando a detecção precoce de alterações e prevenindo a infecção que a incisão poderá apresentar, como também orientá-las em relação ao surgimento dessas possíveis complicações. Conclusão: A incidência da episiotomia continua sendo elevada no Brasil. Sendo assim, o enfermeiro obstetra deverá continuamente reavaliar seus conhecimentos científicos, a fim de contribuir positivamente na prevenção dessa prática, de modo a se tornar evidente a recomendação da abolição da episiotomia utilizada de forma liberal,devendo ser utilizado em casos de extrema necessidade. Sua realização seletiva reforça a proteção fetal. Diante disso, é de suma importância ser levado em consideração o protagonismo feminino e a humanização do parto. Ficar ao lado e não à frente da parturiente é a principal função do profissional que assiste ao nascimento, intervindo somente quando for necessário, assegurando-lhe conforto, proteção e bem-estar neste momento ímpar de sua vida. DESCRITORES: Episiotomia, Saúde da Mulher; Parto Normal.

Publicado

2017-09-12

Cómo citar

Rocha, J. C. X., Anjos Lins da Silva, J. M., Rose da Costa Alubuquerque, J., Maria Soares, L., Silva do Rêgo Guimarães, M., & Klécia Silva de Souza, N. (2017). FATORES COMPLICANTES DA EPISIOTOMIA E O PAPEL DA ENFERMAGEM FRENTE A ESTE PROCEDIMENTO. Revista Saúde - UNG-Ser, 10(1 ESP), 94. Recuperado a partir de https://revistas.ung.br/index.php/saude/article/view/2699

Número

Sección

8° Congresso de Saúde- Universidade UNINASSAU- Recife