SERVIÇO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL: CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO DE ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

Autores/as

  • Jessica Thamires da Silva Melo Hospital Getúlio Vargas
  • Dayse Medeiros Bezerra
  • Nauã Rodrigues de Souza
  • Daniela de Aquino Freire
  • Gabriela Lopes de Almeida
  • Marcos Antônio de Oliveira Souza

Resumen

Introdução: Acidente Vascular Encefálico (AVE) sinaliza um déficit neurológico, transitório ou definitivo, em determinado território cerebral secundário à lesão vascular. Representa uma das mais importantes causas de morbimortalidade no Brasil e no mundo, atingindo 16 milhões de pessoas a cada ano, dentre as quais, seis milhões vão a óbito e mais de 50% dos sobreviventes permanecem com graves sequelas físicas e mentais. A implantação da linha de cuidado do AVE, na própria rede de atenção às urgências, originou progressos no atendimento a estas vítimas em todos os níveis de atenção. Objetivo: caracterizar o atendimento a vitima de acidente vascular encefálico num serviço de atendimento pré-hospitalar móvel. Método: estudo documental, retrospectivo, pela revisão de 151 fichas de registro de ocorrência. A análise dos dados foi feita por meio de frequências absolutas e percentuais. Resultados: os principais sinais clínicos apresentados pelas vítimas foram hemiparesia (47%), desvio da comissura labial (21,9%) e disartria (19,2%). Dentre as condutas realizadas estiveram a aferição da PA (11,0%) e HGT (62,3%), como também monitorização da FC e SpO2 (98%). Notou-se a ausência de registro dos sinais e sintomas em relação ao nível de consciência em 35,8% dos casos; avaliação do pulso radial com 88,7% e perfusão capilar com 92,1%. O Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena recebeu o maior número de encaminhamentos (64,2%). Discussão: Além de causar uma ampla variedade de déficits neurológicos, comprometendo funções motoras, sensoriais e/ou cognitivas, a multiplicidade das manifestações apresentadas está diretamente relacionada com a área acometida pela lesão vascular. A verificação de sinais vitais, aquisição de acesso venoso em membro superior não parético; infusão de líquido; manutenção da glicemia capilar e da pressão arterial em padrões aceitáveis e, a garantia de uma saturação de oxigenação sanguínea adequada, são cuidados pré-hospitalares fundamentais neste tipo de atendimento. Intervenções diferenciadas devem ser perpetradas de acordo com o quadro clínico apresentado pela vítima. A determinação do nível de consciência nas vitimas é de extrema importância, pois está relacionada a um maior risco de complicações clínicas ou neurológicas. Os serviços de emergência pré-hospitalar, na maioria das vezes, oferecem o primeiro atendimento ao paciente e por isso, precisam reconhecer uma vítima com acidente vascular encefálico agudo, bem como a direcionar para hospitais preparados para recebê-la. Conclusão: Verifica-se a necessidade de pesquisas a cerca do tema abordado, e capacitações à equipe de APH móvel para melhorias na assistência ao AVE.

Biografía del autor/a

Jessica Thamires da Silva Melo, Hospital Getúlio Vargas

Enfermeira. Residente em Traumatologia/Ortopedia do Hospital Getúlio Vargas.

Publicado

2017-09-12

Cómo citar

Melo, J. T. da S., Medeiros Bezerra, D., Rodrigues de Souza, N., de Aquino Freire, D., Lopes de Almeida, G., & de Oliveira Souza, M. A. (2017). SERVIÇO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL: CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO DE ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO. Revista Saúde - UNG-Ser - ISSN 1982-3282, 10(1 ESP), 104. Recuperado a partir de https://revistas.ung.br/index.php/saude/article/view/2713

Número

Sección

8° Congresso de Saúde- Universidade UNINASSAU- Recife