OSTEONECROSE DOS MAXILARES ASSOCIADA À BIFOSFONATOS: IMPORTÂNCIA DO CIRURGIÃO DENTISTA

Autores/as

  • Sheilla Oliveira Ferreira UNG Universidade Guarulhos
  • Priscila Cardoso da Silva Universidade Guarulhos (UnG)
  • Ulisses Ribeiro Campos Dayube cirurgião dentista e professor da universidade guarulhos (UnG) Orientador

Palabras clave:

Osteonecrose, bifosfonatos, osteonecrose associada a bifosfonatos.

Resumen

RESUMO OBJETIVO: O objetivo deste trabalho é fazer uma revisão de literatura sobre a osteonecrose associada aos bifosfonatos em paciente que o utiliza em tratamento quimioterápico e/ou em osteoporose/osteopenia. Conhecendo seus efeitos colaterais e suas complicações para o manejo do atendimento odontológico. Enfatizando que o conhecimento do cirurgião-dentista sobre o tema é de fundamental importância, sobretudo a prevenção como a melhor forma de evitar Osteonecrose. MATERIAIS E MÉTODOS: Buscamos em pesquisa, identificar artigos com a finalidade de revisão de literatura que descrevessem a Osteonecrose em pacientes que fazem terapêutica com bifosfonatos, seja em quimioterapia e/ou osteoporose/ osteopenia e utilizamos como base publicações dos últimos 10 anos com os descritores de busca: Osteonecrose associada a bifosfonatos, bifosfonatos, osteonecrose. RESULTADOS: A seleção foi realizada na busca por artigos similares ao tema deste trabalho com as palavras chaves, onde avaliando os resumos pudemos incluir para nossa referência 20 artigos. CONCLUSÕES: Os Bifosfonatos são fármacos utilizados em pacientes oncológicos especificamente na quimioterapia; devido alterações que estes têm de hipercalcemia de malignidade; em patologias ósseas associadas a neoplasias malignas como câncer de mama, de próstata, de pulmão, mieloma múltiplo; doença de Paget e em paciente com osteoporose ou osteopenia.1, 2,6 São medicamentos que impedem a perda da densidade óssea que algumas patologias iniciam no organismo, inibindo a remodelação óssea através da inibição da diferenciação osteoclástica, isso quer dizer que como uso do bifosfonato, que se acumula na estrutura óssea, reduzindo a atividade de osteoclastos, não reabsorvendo a matriz mineral, invibializa a liberação de citocinas da proteína morfogenética e do fator de crescimento que são responsáveis por induzir a diferenciação de células indiferenciadas em osteoblastos e como isso não acontece, torna o osso acelular, avascular; pois os pequenos vasos capilares involuem; logo, fica necrótico e susceptível a fraturas patológicas. Acontece em maior número em pacientes que fazem uso do medicamento por via parenteral (endovenosa), parecem estar mais susceptíveis, ao passo que por via oral, são menos prevalentes; isso é devido à elevada biodisponibilidade dos bifosfonatos que chega a ser de 50% no mínimo e o via oral cerca de 1% é absorvido no trato gastrointestinal. O uso endovenoso envolve principalmente o Ácido Zoledrônico e Pamidronato que são utilizados principalmente nas metástases ósseas de câncer de mama e tratamento do mieloma múltiplo, alto índice nos casos relatados. 2,6 A osteonecrose é uma das reações adversas com o uso de terapia com Bifosfonatos, de interesse para os cirurgiões dentistas, denominada Osteonecrose dos maxilares associada ao uso de bifosfonatos; caracteriza-se por osso necrótico exposto em cavidade oral, com preferencial em região posterior tanto da maxila quanto em mandíbula, afetando importantemente a qualidade de vida dos pacientes, induzindo uma morbidade significativa. Em contrapartida, os benefícios que os pacientes têm com a terapêutica, são maiores, justificando sua utilização. 1, 2 O Principal fator que desencadeia a osteonecrose são os procedimentos odontológicos cirúrgicos como exodontias, implantes dentários e fraturas locais, até mesmo próteses mal adaptadas que sofrem com as forças mastigatórias, pressionando também mucosa e acredita-se que, por os ossos maxilares serem bastante vascularizado para suprir as remodelações ósseas constantes devido as forças mastigatórias, o processo alveolar e em torno o processo alveolar, exija uma remodelação mais frequente e essa remodelação já está prejudicada com o uso da droga. Daí a importância de conhecimento do cirurgião dentista em conhecer o efeito adverso do medicamento, identificar os fatores de risco para o desenvolvimento da osteonecrose em pacientes que se apresentam suscetíveis a desenvolvê-la, diminuindo a chance de se instalar, logo, prevenindo-a. Para a prevenção, o ideal é que seja realizada antes do início da terapêutica com bifosfonatos, eliminando pontos de infecção, restaurações ruins, próteses mal adaptadas, mantendo boa higiene oral e para pacientes com a osteonecrose instalada, buscaremos o controle da infecção para minimizar a sua progressão e eliminação da dor, uso de soluções antissépticas e deve também ser acompanhado com antibióticos. A osteonecrose associada à bifosfonatos produz intensa morbidade ao paciente e diminui sua qualidade de vida drasticamente, principalmente quando inclui sintomatologia dolorosa. Com a alta prevalência dos casos, se faz prudente a prevenção que antecede a terapêutica com a droga. Descritores: Osteonecrose, bifosfonatos, osteonecrose associada a bifosfonatos.

Biografía del autor/a

Sheilla Oliveira Ferreira, UNG Universidade Guarulhos

Sou Aluno do ultimo semestre noturno na Universidade Guarulhos, no curso de odontologia.

Priscila Cardoso da Silva, Universidade Guarulhos (UnG)

Aluna do curso de graduação em Odontologia da Universidade Guarulhos (UnG)

Ulisses Ribeiro Campos Dayube, cirurgião dentista e professor da universidade guarulhos (UnG) Orientador

cirurgião dentista e professor da universidade guarulhos (UnG) na graduação de odontologia. Orientador

Publicado

2019-05-23

Cómo citar

Ferreira, S. O., Silva, P. C. da, & Dayube, U. R. C. (2019). OSTEONECROSE DOS MAXILARES ASSOCIADA À BIFOSFONATOS: IMPORTÂNCIA DO CIRURGIÃO DENTISTA. Revista Saúde - UNG-Ser, 12(1(ESP), 18. Recuperado a partir de https://revistas.ung.br/index.php/saude/article/view/3482

Número

Sección

XVIII Jornada de Odontologia da UNG Universidade