EFEITO ANTIMICROBIANO DE CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO MODIFICADO COM PRÓPOLIS VERMELHA BRASILEIRA

Resumen

Introdução: O paciente portador de aparelho ortodôntico apresenta dificuldade em promover efetiva higiene oral devido a presença de bráquetes e bandas ortodônticas. O cimento mais utilizado para cimentação de bandas ortodônticas tem sido o cimento de ionômero de vidro. Assim, este cimento tem sido bastante estudado para que suas propriedades antimicrobianas possam ser melhoradas. O extrato etanólico da própolis vermelha (EEPV) destaca-se na literatura devido sua atividade antimicrobiana. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antimicrobiana de cimento de ionômero de vidro (CIV) modificado por diferentes concentrações de própolis vermelha brasileira. Método: Inicialmente foram investigadas 3 concentrações de própolis (n=5): G1 – grupo controle (Ketac Cem Glass Ionomer Cement, 3M ESPE, EUA), G2 - espécime experimental com adição de extrato etanólico de própolis vermelha (EEPV) a 3,25 mg/mL, G3 – espécime experimental com adição EEPV de 6,5 mg/mL e G4 – espécime experimental com adição de EEPV 9,75 mg/mL. A atividade antimicrobiana foi avaliada por meio da determinação da concentração inibitória mínima sobre Streptococcus mutans de acordo com CLSI 2012. Os resultados foram submetidos a análise da variância (ANOVA), seguida do teste de Tukey (p<0.05). Resultados: Todos os grupos experimentais apresentaram atividade antimicrobiana ao inibir mais de 95 % do crescimento de S. mutans, não havendo diferença estatística entre os grupos (p>0.05). Conclusão: A adição do EEPV ao CIV não alterou as propriedades antimicrobianas deste material odontológico. Estudos futuros deverão aumentar a concentração de própolis utilizada e/ou avaliar se com o tempo, a adição de EEPV melhore a propriedade antimicrobiana do CIV.