ASSISTÊNCIA À MULHER VÍTIMA DE VIOLÊNCIA SEXUAL

Autores/as

  • Paloma Petricio Centro Universitário Maurício de Nassau

Palabras clave:

Violência contra a mulher, Violência sexual, Cuidados de Enfermagem.

Resumen

Introdução. A violência sexual é considerada um sério problema de saúde pública por ser uma das principais causas de morbidade e mortalidade feminina. O Ministério da saúde preconiza a garantia do atendimento à mulher vítima de violência sexual em serviços de saúde, com a finalidade de diminuir os agravos gerados por esse tipo de violência como, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e à gravidez indesejada. Nos serviços de saúde, a mulher violentada sexualmente necessita de acolhimento, fator fundamental para a humanização da assistência à saúde é essencial para que se estabeleça um relacionamento de forma adequada entre o profissional e a paciente. O enfermeiro é um dos profissionais de maior presença nos cenários do cuidar, sendo um dos primeiros a entrar em contato com as vítimas de violência, entretanto esses profissionais encontram-se pouco familiarizado para a prestação da assistência para as vítimas. Objetivos. Analisar a atual situação da violência sexual em mulheres no Brasil através de pesquisas no triênio 2015 a 2017, bem como a capacitação e as condutas do enfermeiro frente à mulher vítima de abuso sexual. Método. O estudo em questão caracteriza-se por uma revisão de literatura, no qual foram utilizadas as bases de dados online em Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME), Banco de Dados em Enfermagem (BDENF), Biblioteca Virtual da Saúde (BVS) e Google Scholar, utilizando como DECS: Violência contra a mulher, Violência sexual, Cuidados de Enfermagem. Dos quais foram achados 12 artigos que contemplavam a temática violência, dentre os quais 6 estão de acordo com os critérios de escolha. Foram adotados como critérios de inclusão os artigos científicos provenientes de pesquisas nacionais, publicados nos últimos 3 anos (2015-2017), no idioma português, cujos objetivos contemplassem aspectos referentes à temática violência, abordassem o atendimento e o cuidar da equipe de saúde as mulheres vítimas de violência sexual. Resultados e Discussão. Os estudos destacaram que o atendimento integral preconizado pelo Ministério da Saúde é desrespeitado devido aos ambientes ambulatoriais inadequados e aos profissionais incapacitados para atender às mulheres segundo as normas. Predomina a assistência medicalizada, tradicional e fragmentada, que valoriza o modelo hegemônico biomédico e despreza ações de caráter preventivo e de promoção à saúde. As mulheres desconhecem os seus direitos, e sofrem reflexo de uma sociedade que ainda a culpabiliza pela agressão sofrida. Conclusão: Compreende-se que ainda existem obstáculos para efetivação das políticas na assistência às mulheres vítimas de estupro e os profissionais de saúde necessitam de capacitação e ambiente adequado para assisti-las. Existe uma lacuna na produção científica acerca da percepção da mulher sobre o atendimento de violência sexual relacionando segurança pública e saúde no território nacional. Considera-se que por se tratar de um tema com carga emocional, somado a hospitalização e a fragilidade da vítima, o enfoque psicossocial é mais significativo no contexto do cuidado.

Biografía del autor/a

Paloma Petricio, Centro Universitário Maurício de Nassau

Acadêmico de enfermagem

Publicado

2019-05-23

Cómo citar

Petricio, P. (2019). ASSISTÊNCIA À MULHER VÍTIMA DE VIOLÊNCIA SEXUAL. Revista Saúde - UNG-Ser, 12(1(ESP), 28. Recuperado a partir de https://revistas.ung.br/index.php/saude/article/view/3607

Número

Sección

X CONGRESSO NACIONAL DE ENFERMAGEM - UNINASSAU 2018