PERDA GESTACIONAL EM ÉGUAS CAUSADA PELA INGESTÃO DE MICOTOXINAS ATRAVÉS DE PRÉ-SECADOS

Autores/as

  • Maria Vitória Bertazzi Popp Sales Universidade de Guarulhos- UnG
  • Erikelly Aline Ribeiro de Santana Desiderio

Palabras clave:

Conservação de forragem, Deterioração de Alimento, Reprodução equina

Resumen

A equinocultura no Brasil vem ganhando destaque no mercado nos últimos anos. A comercialização e criação destes animais variam entre atletas, reprodutores (as), e para trabalho. Com este avanço, a genética, nutrição e o manejo também se enriqueceram, tríade esta, a qual é fundamental para a obtenção de um animal com valor agregado. Conhecer as necessidades nutricionais destes animais auxilia em um manejo alimentar eficaz promovendo saúde e bem-estar, sendo e grande importância a inclusão de fontes de concentrados e volumosos de qualidade. Os volumosos para os equinos são essenciais, uma vez que tratam-se de animais herbívoros. A eficiência na produção destes alimentos e a boa conservação resultam positivamente em seu valor nutritivo e mantém estes animais no período de escassez, conhecido como estiagem. Foram desenvolvidos métodos de conservação para estes volumosos promovendo maior aproveitamento destes na época de fartura, e garantindo alimento de qualidade durante a escassez. Dentre eles há a fenação, a ensilagem e o pré-secado este que, na literatura mostra ser o método de conservação mais eficaz e que atende melhor aos parâmetros gastrointestinais dos equinos. Estes métodos de conservação diferem-se no teor de umidade ao armazenar e presença de ar, diferença esta que ocorre a fim de evitar fermentações indesejáveis e proliferações de agentes contaminantes, por outro lado, promove fermentações desejáveis e necessárias para sua própria conservação. O pré-secado é um método de conservação intermediário ao feno e a silagem convencional em relação ao teor de umidade. Sua retirada de água é parcial, e seu armazenamento pode ser realizado em fardos ou em silos como nos outros métodos. Mesmo mostrando-se um alimento de eleição e qualificado para os equinos, há uma problemática que pode comprometer os animais que o ingerir. Para a produção do pré- secado, seja enfardado ou ensilado, é imprescindível um ambiente de anaerobiose, quando contrário, a entrada de ar junto a umidade promove fermentações indesejáveis e proliferação de agentes secundários, levando a deterioração do alimento e complicações para os animais que o consumir. Dentre a diversidade de agentes secundários que podem proliferar nos pré-secados, há os alcaloides ergóticos, micotoxinas estas produzidas pelos fungos do gênero Claviceps purpúrea, Neotyphodium loli, N.coenophialum, geralmente encontrados no trigo, triticale, centeio, cevada e gramíneas. Estes apresentam grande importância pois causam diversos problemas reprodutivos nos equinos, levando a um grande impacto para estes produtores. Uma pequena falha na produção dos volumosos ou a administração deste alimento contaminado acarretam a um grande impacto negativo, promovendo distúrbios nutricionais, metabólicos e reprodutivos incluindo a mãe e o feto. Sendo assim, é imprescindível o conhecimento do sistema de produção destes alimentos, onde cada etapa deve ser cumprida de forma eficaz, promovendo assim, boa qualidade nutricional a estes animais durante todo o ano e consequentemente o destaque na equinocultura.

Biografía del autor/a

Maria Vitória Bertazzi Popp Sales, Universidade de Guarulhos- UnG

Acadêmica de Medicina Veterinária na Universidade de Guarulhos, atualmente cursando o 10 semestre.

Publicado

2020-02-17

Cómo citar

Popp Sales, M. V. B., & Desiderio, E. A. R. de S. (2020). PERDA GESTACIONAL EM ÉGUAS CAUSADA PELA INGESTÃO DE MICOTOXINAS ATRAVÉS DE PRÉ-SECADOS. Revista Saúde - UNG-Ser, 13(2 ESP), 100–101. Recuperado a partir de https://revistas.ung.br/index.php/saude/article/view/4080

Número

Sección

1º FÓRUM DE MEDICINA VETERINÁRIA DA UNG